SAUDAMOS O ANIVERSÁRIO DE 86 ANOS
DO MAGISTRAL JOÃO GILBERTO
TRAZENDO UM CONCERTO CLÁSSICO
GRAVADO NO TEATRO CASTRO ALVES
EM SALVADOR HÁ QUASE 40 ANOS,
INCLUINDO A PASSAGEM DE SOM,
LOGO DEPOIS DELE TER GRAVADO
SEU LP CLÁSSICO "AMOROSO"
FIQUEM COM AS PALAVRAS
DE JASPER AMARILHA
SOBRE ESSE BAIANO GENIAL:
João Gilberto tem domínio absoluto sobre o violão. Seus acordes são precisos, completos, perfeitos, fruto de estudos harmônicos que consomem horas de dedicação. É simplesmente um gênio da música brasileira. Antes dele,
a harmonia do samba era simplória e limitada a poucos acordes. Ele simplesmente inverteu o samba. Criou um intervalo no samba que não existia, ampliou o leque de dissonantes, sétimas e diminutas. Feito isto, inventou um jeito simples e econômico de emitir a voz, sem aquele vozeirão derramado dos cantores da velha guarda. Quando gravou as músicas de Tom Jobim, o mundo percebeu que algo inovador surgia no samba. A batida desse baiano era algo revolucionário, único e nunca visto antes. Não só Tom Jobim, mas João Gilberto renovou os acordes criados pelos compositores da década de 40 e 50, com uma introdução harmônica sem precedentes na música brasileira. Nascia aí, a Bossa Nova que nada mais era do que a modernização do samba na época. João Gilberto sempre foi o mesmo.
De personalidade marcante, exigente ao extremo, prima a qualidade do seu repertório, do som produzido em seus shows e da elaboração de seus discos. Ninguém toca o violão como ele. A cada apresentação, ele mostra um acorde diferente de uma mesma música. Além de versátil, tem uma legião de músicos de renome nacional internacional que o elegeram como o criador dessa nova vertente do samba conhecida como Bossa Nova. Depois dele, a música brasileira nunca mais foi a mesma. Que digam Diana Krall, Gal Costa, Leila Pinheiro, Os Cariocas, Leny Andrade, Stan Getz, João Donato, Nara Leão, Carlos Lyra, Roberto Menescal, John Pizzarelli, e tantos outros.
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