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sábado, outubro 21, 2017

CELEBRAMOS HOJE O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO TRUMPETISTA MAIS BOCHECHUDO DE TODOS OS TEMPOS


SAUDAMOS O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO
DO FABULOSO TRUMPETISTA DIZZY GILLESPIE
RESGATANDO TRÊS REGISTROS EM VÍDEO
SIMPLESMENTE SENSACIONAIS.

O PRIMEIRO FOI GRAVADO NA BÉLGICA
EM 1958 COM O FABULOSO SONNY STITT.

O SEGUNDO FOI GRAVADO NA DINAMARCA
EM 1971 COM THELONIOUS MONK
E NOVAMENTE SONNY STITT. 

E O TERCEIRO É UM DOCUMENTÁRIO
INTITULADO "DIZZY EN CUBA",
QUE MOSTRA DIZZY DE VOLTA À ILHA
QUARENTA ANOS DEPOIS DE LEVAR
PARA A AMÉRICA E PARA A EUROPA
SUAS AVENTURAS MUSICAIS
COM O JAZZ LATINO.

ENJOY...







segunda-feira, junho 05, 2017

NOSSO ANIVERSARIANTE DESTE DOMINGO É UM LEGÍTIMO REPRESENTANTE DA NOBREZA DO JAZZ LATINO


O FANTÁSTICO PAQUITO D'RIVERA
COMPLETA 69 ANOS DE IDADE
E NÓS COMEMORAMOS COM UMA
PERFORM,ANCE SIMPLESMENTE SENSACIONAL
DELE COM A UNITED NATIONS ORCHESTRA
FUNDADA POR DIZZY GILLESPIE NOS ANOS 80.

ENJOY...







terça-feira, agosto 21, 2012

O LEGADO DE DIZZY GILLESPIE, POR SEU MAIOR DISCÍPULO: ARTURO SANDOVAL


Dizzy Gillespie, mais do que qualquer outro músico de jazz de sua geração, promoveu a aproximação do Bebop com o som das Big Bands. Com isso, criou um híbrido de Orquestra de Jazz que, apesar de ter sido um pouco incompreendido no início, pouco a pouco virou um padrão musical seguido por muitos arranjadores, e suas influências acabaram sendo incorporadas até mesmo em Orquestras clássicas de jazz, como a do venerável Count Basie.

Quem subestima o legado de Dizzy ao compará-lo com Gil Evans -- e tem muita gente por aí que faz isso --comete um equívoco terrível.

O problema com Dizzy é que ele sempre foi visto com desconfiança por setores da crítica por ter-se aborrecido com as limitações do Bebop no início dos anos 50 e mergulhado de cabeça na música cubana, carregando consigo seu amigo Charlie Parker -- justo ele, a expressão máxima do Bebop.

Foi a partir daí que seus detratores passaram a chamar sua música, pejorativamente, de Cubop.

Mas ao longo dos anos 60, com a chegada de praticamente todos os grandes artistas cubanos e porto-riquenhos à América, Dizzy virou uma espécie de cicerone deles e ajudou a colocá-los no mapa musical do jazz internacional, mergulhando ainda mais fundo tanto no universo da música latina quanto no universo pop.

Com isso, o termo Cubop acabou ganhando seriedade e notoriedade, levando sua música a se impôr como a antítese à música cerebral e de ruptura produzida pelo velho amigo Miles Davis.



De todos os artistas latinos que ganharam vulto trabalhando ao lado de Dizzy Gillespie, o trumpetista cubano Arturo Sandoval é certamente o mais bem sucedido.

Nascido em Havana, Cuba, em 1949, é um músico excepcional capaz de tocar qualquer gênero musical, dono de um estilo incendiáirio no trumpete, que, estranhamente, se alterna com um toque terno e suave no seu flugelhorn.

Ne entanto, apesar de toda a sua versatilidade, nada dá mais prazer a Arturo Sandoval do que passear pelo repertório de seu mentor Dizzy Gillespie, que o lançou nos Estados Unidos nos anos 80 em sua United Nations Orchestra. Cuna, 1949,

Desde que pediu asilo político há 23 anos, Arturo virou cidadão do mundo. Foi morar em Miami Beach e depois no Sul da Califórnia com sua família. Daí em diante, passou a trazer para sua música uma Cuba cada vez mais idealizada e distante.

Em seus primeiros anos na América, sua produção musical foi intensa, a princípio em discos meio duvidosos para a GRP Records, mas logo Arturo acertou o passo em gravações impecáveis para a Columbia e, mais recentemente, para a Telarc e para a Concord.


"Dear Diz (Every Day I Think of You)", seu mais recente trabalho para a Concord, é mais que simplesmente um tributo ao mestre Dizzy Gillespie: é uma verdadeira aula de jazz afro-cubano, com arranjos para big band das composições mais emblemáticas de Dizzy.

Aqui, Arturo contracena com diversas estrelas do jazz: o mestre do Hammond B-3 Joey DeFrancesco, o vibrafonista Gary Burton, o saxofonista tenor Bob Mintzer e o clarinetista Eddie Daniels, e o resultado é um festival de camaradagens entre músicos.

"Dear Diz (Every Day I Think of You)" celebra o aniversário de 35 anos do início de sua amizade com Dizzy Gillespie. Os dois se conheceram quando Dizzy tocou em Cuba em 1977, e viraram amigos imediatamente. Daí para a frente, nunca mais desgrudaram, e viraram colaboradores contumazes até a morte de Dizzy em 1993.

De la para cá, devido a sua condição de melhor amigo e herdeiro musical de Dizzy Gillespie, esperava-se de Arturo Santoval homenagens constantes a seu mentor musical -- que Arturo sempre evitou ao máximo, seguindo adiante com sua carreira, como Dizzy gostaria que ele fizesse.

Só que agora, às veśperas do vigésimo aniversário da morte de Dizzy Gillespie, uma homenagem seria necessária, e Arturo Sandoval tratou de fazê-la à altura de seu Mestre, recriando seus arranjos ariginais de forma vigorosa, exuberante, e às vezes até inusitada, como em "Salt Peanuts!", "Birks Works" e "Con Alma".


Para quem não lembra, Arturo Sandoval foi interpretado por Andy Garcia no produção HBO "For Love Or Country - The Arturo Sandoval Story", de 2000, que conta sua tragetória musical e os problemas que teve com Cuba depois que pediu asilo polífico na Espanha em 1990.

Não é um grande filme. Nem pretende ser. Mas mostra de forma vibrante e verdadeira o quanto Arturo Sandoval lutou para poder levar sua música para o mercado internacional e fugir das limitações impostas pelo Governo Cubano. Dizzy está presente no filme. Uma presença intensa e muito carinhosa, graças à bela performance do ator Charles S. Dutton.

Arturo Sandoval sempre soube que, na hora de retribuir a Dizzy tudo o que recebeu dele, teria que caprichar.

Se "Dear Diz (Every Day I Think of You)" é um disco tão bom, apesar de ter sido concebido com essa enorme responsabilidade nas costas, é certamente porque foi concebido com carinho, leveza e respeito artístico.


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segunda-feira, agosto 13, 2012

LEE KONITZ CHEGA AOS 80 ANOS DE IDADE E SEGUE EM FRENTE NESSE ESPETACULAR "LIVE AT THE VILLAGE VANGUARD"


O poder de fogo da música de Charlie Parker incendiou o jazz dos anos 40 de forma irreversível, enterrando a Era do Swing e dando o pontapé inicial na Era do Bebop.

O estilo de Parker era tão vibrante e sua personalidade musical tão forte que era praticamente impossível para qualquer jovem músico que tivesse escolhido o sax alto como instrumento não se deixar contaminar pelo sopro sincopado e acelerado de Parker.

Mas havia uma exceção: um jovem saxofonista de Chicago chamado Lee Konitz, nascido em 1927, aluno de Lennie Tristano, que esnobou um convite para ingressar na Orquestra de Dizzy Gillespie, onde Parker tocava, para unir forças a dois amigos que estavam montando um noneto sob orientação de Gil Evans, que iria levar a carreira de todos os envolvidos para um caminho inusitado e brilhante.

Esses amigos se chamavam Miles Davis e Gerry Mulligan.

O ano era 1949.

E o disco que eles iriam gravar juntos -- "The Birth Of The Cool" -- viraria um marco para o jazz moderno, inaugurando uma modalidade mais climática e reflexiva de bebop, com músicos usando e abusando de notas longas e encorpadas, que mais tarde seria batizada de cool jazz.



Todos os músicos que se escolavam com o pianista Lennie Tristano saíam com uma bagagem em comum: tornavam-se craques em harmonia jazzística e erudita, e eram encorajados por Tristano a fazer experiências melódicas e rítmicas constantemente.

Graças a esse background, Lee Konitz conseguiu desenvolver um estilo no sax alto bem diferente do estilo de Parker, abusando das notas longas, valorizando a melodia em suas intervenções, e sempre permitindo que os integrantes de suas bandas improvisassem à vontade.

Daí em diante, passou a desafiar gêneros.

Fez um disco explosivo de jazz com o baterista Elvin Jones para a Verve, chamado "Motion". Experimentou desde Dixieland até o free-jazz, com músicos das mais diversas formações, e gravou vários discos para o mercado de música erudita. Apesar de ser conceituado como band-leader, não negava fogo sempre que algum amigo o convidava para atuar como sideman em alguma tounée.

Desde 1980 está estabelecido em Paris, voltando aos Estados Unidos de tempos em tempos para matar a saudade de casa, quase sempre acompanhado por músicos jovens de vários cantos do mundo.


"Live At The Village Vanguard" é o registro precioso de duas noites em 2010 em que Konitz se apresentou à frente de seu New Quartet, formado pelo excelente pianista alemão Florian Weber, pelo baterista israelense Ziv Ravitz e pelo baixista californiano Jeff Denson.

Mesmo com 83 anos de idade na ocasião, Konitz não fez feio em momento algum.

Pelo contrário, dividiu a responsabilidade de proporcionar uma noite memorável para o público com os músicos, e eventualmente se posiciona quase como um sideman de seu pianista para poder se poupar para aguentar mais tempo no palco. Convenhamos, que outro grande mestre do jazz dos anos 40 ainda circula pelos palcos do mundo inteiro com tamanha galhardia?

Konitz e seu New Quartet dão um toque totalmente novo a um dos temas mais gravados do jazz, 'Cherokee", de Ray Noble. Passeiam com muita delicadeza por três standards -- "Polka, Dots & Moonbeans", "I Remember You" e uma releitura inusitada para "All The Things You Are" --  e mergulham de cabeça num tema impressionista intrincadíssimo, "Colors", de autoria de Weber, que segue magnificamente bem por mais de 10 minutos e poderia durar outros dez, tranquilamente.

Tudo isso somado à alegria de tocar novamente no Village Vanguard, onde brilhou em diversas formações desde os anos 40, faz de Lee Konitz um músico feliz e realizado, e um verdadeiro patrimônio afetivo para quem teve o prazer de estar na platéia em qualquer uma dessas duas noites registradas nesse disco.



Lee Konitz está com 85 anos agora.

Sua saúde não anda boa de uns tempos para cá, e suas apresentações estão ficando cada vez mais esporádicas. Algumas tiveram que ser canceladas ano passado.

É bem provável que, daqui para a frente, não tenhamos mais a chance de ouví-lo com toda essa non-chalance demonstrada nesse belo concerto ao vivo.

Mas só de saber que Lee Konitz continua vivo e ativo depois de mais de 60 anos de excelentes serviços prestados ao jazz já é motivo de comemoração entre os amantes do gênero

Sendo assim...

"Senhoras e Senhores, Benvindos ao Village Vanguard. Com vocês, o grande Lee Konitz!"






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sexta-feira, maio 11, 2012

A ADORÁVEL ANARQUIA MUSICAL DA DIRTY DOZEN BRASS BAND ESTÁ DE VOLTA.


Eu lembro como se fosse ontem do primeiro disco da Dirt Dozen Brass Band que escutei, e do estrago que ele provocou na maneira como eu via até então o jazz de New Orleans.

Foi 23 anos atrás, com o disco de estréia deles para a Columbia Records, “Voodoo”, uma pequena obra-prima que misturava a instrumentação clássica das bandas de rua com o rhythm & blues e o jazz moderno, numa atitude absolutamente transgressora e, ao mesmo tempo, festiva e dançante, com participações espetaculares de Dizzy Gillespie e Dr. John.

A grande sacada da Dirty Dozen Brass Band estava em usar o souzaphone para fazer a marcação do contrabaixo com a pulsação do funk – algo que ninguém tinha tentado antes.

Depois de ouvir esse disco, confesso que nunca mais tive a menor paciência com sonoridades clássicas de New Orleans paradas no tempo que se negam terminantemente a mergulhar no borbulhante e apimentado caldeirão musical de lá, que inclui ritmos caribenhos, cajun e influências recém-chegadas da Mãe Africa, .

Foi nessa mesma época – e em parte por causa disso -- que perdi completamente a paciência com o chorinho e com a atitude purista e babaca da imensa maioria dos chorões -- mas isso é um outro assunto, que não cabe aqui nesse texto, até porque é meio chatão.


O caso é que a Dirty Dozen Brass Band está de volta com um LP delicioso chamado “Twenty Dozen” para o selo Savoy Jazz.

Alguns setores da crítica reclamaram dele, alegando ser o mais ortodoxo e menos transgressor da carreira da banda.Eu, pessoalmente, discordo. É com certeza o álbum menos anárquico que eles já gravaram. Mas é um trabalho vigoroso, repleto de experimentos musicais iusitados e impressionantes.

A faixa de abertura, “Tomorrow”, por exemplo, começa como um número de rhythm & blues típico da cidade e evolui para um ska completamente ensandecido. De tirar o fôlego.

O proto-funk “Joop” é outro exemplo dessas experimentações. Começa como se fosse um tema de seriado de detetives dos anos 70 e acaba virando uma brincadeira deliciosa – e nada inconsequente -- entre os trumpetistas, os saxofonistas e o trombonista da banda.

E ainda tem uma releitura muito estranha -- mas bem divertida -- para “Don't Stop The Music”, de Michael Jackson, além de versões absolutamente histéricas – e igualmente divertidas -- para clássicos do repertório da cidade como “E-Flat Blues” e “When The Saints Go Marchin´ In”, diferentes de todas as outras já executadas pelas inúmeras Brass Bands de New Orleans. .


Enfim, dá para sentir que a Dirty Dozen Brass Band procurou privilegiar seu lado mais jazzístico em “Twelve Dozen” para satisfazer o pessoal da Savoy Jazz Records, que bancou o disco.

Isso não significa que eles tenham abandonado aquela anarquia adorável que eles promovem habitualmente, tanto nas gravações de estúdio quanto em apresentações ao vivo. Até porque não faria o menor sentido a Dirty Dozen Brass band abrir do seu grande diferencial apenas para se adequar a uma gravadora.

Agora, vai ser engraçado se -- ao contrário das Brass Bands tradicionais e dos grupos de Dixieland, que impoem normas de conduta relativamente rígidas a seus músicos – a Dirty Dozen Brass Band, do alto de seus 35 anos de carreira, estabelecer toda uma tradição da anarquia musical de New Orleans.

E, pior, fizer escola.

Aí, aquela cidade vai ficar ainda mais louca do que já é, podem ter certeza...


INFO:
http://www.allmusic.com/artist/the-dirty-dozen-brass-band-p6405/biography

DISCOGRAFIA:
http://www.allmusic.com/artist/the-dirty-dozen-brass-band-p6405/discography

WEBSITE OFICIAL:
http://www.dirtydozenbrass.com/

AMOSTRAS GRÁTIS: