Existem muito mais grandes bandas ao vivo do que grandes albuns gravados ao vivo. The Beatles, Bowie, Springsteen, the Clash e U2 estão entre os artistas que nunca gravaram um album ao vivo clássic — mas ao menos nunca nos brindaram com abacaxis antológicos. Ao contrário dos discos que vem a seguir, que entraram (por bem ou por mal) para a história da música popular:
Os melhores:
Allman Brothers Band
At Fillmore East
A reputação pode ter ficado com o Grateful Dead, mas o sexteto comandado por Duane Allman foi o mais inspirada jam band de todos os tempos. Esse disco ao vivo de 1971 captura a banda exercitando de forma brilhante todos os seus poderes.E não eram poucos...
The Band
Rock of Ages
Nessas performances que não envelhecem, do Reveillon de 1972 no Academy of Music, Brooklyn, NY, The Band recebe o reforço de uma sessão de metais espetacular, e, para completar, Bob Dylan sobe ao palco para participar de 4 números, entre eles “Like a Rolling Stone.”
James Brown
Live at the Apollo 1962
Na Bíblia da Soul Music, esse aqui é o Livro do Genesis, mas o status de clássico desse disco não tem nada de sagrado. Pelo contrário: é uma aula de energia primal e precisão musical, devidamente mescladas.
Grateful Dead
Live/Dead
O primeiro disco ao vivo do Grateful Dead, gravado em 1969 com os integrantes originais, e incluindo a jam de mais de 20 minutos para "Dark Star", talvez seja até hoje o mais palatável dos discos ao vivo do grupo. Ao menos, para quem não é "deadhead".
Little Feat
Waiting for Columbus
É lamentável a maneira como o trabalho de Lowell George permanece subapreciado até hoje. Nesse disco ao vivo, de 1977, ele estava em plena forma, e comandava o Little Feat rumo a mergulhos inacreditáveis nos mais diversos ritmos americanos. Como nenhuma outra banda jamais ousou fazer.
Van Morrison
It’s Too Late to Stop Now
Quando se vai a uma apresentação de Van Morrison, nunca se sabe o que pode acontecer, que extremo ele vai privilegiar: o do cantor sóbrio e magestoso, ou seu gêmeo endemoniado. Nesse concerto belíssimo de 1973, ele deu muito, tanto de um quanto do outro.
Nirvana
MTV Unplugged in New York
Esse disco de 1994 pode ter sido feito para um programa de TV, mas é sem dúvidaa performance mais íntima e reveladora de Kurt Cobain em sua curta carreira.
Rolling Stones
Get Yer Ya-Ya’s Out
Mick Taylor revelou-se o contraponto perfeito para Keith Richards nessa histórica tournée dos Stones de 1969, enquanto Mick Jagger dava verdadeiras aulas de como ser o arquétipo do cantor de rock and roll, e Charlie Watts tinha o maior prazer em ser Charlie Watts.
Talking Heads
The Name of This Band Is
Com o suingue peculiar dos Heads ganhando novos contornos, graças ao reforço de alguns grandes músicos na banda, as canções de David Byrne ficam ainda mais deliciosas nesses shows de 1977 a 1981, do que nas versões de estúdio.
Neil Young & Crazy Horse
Rust Never Sleeps / Live Rust
Neil Young encerrou a década de 1970 com uma dupla de discos ao vivo desconcertantes, o primeiro trazendo um lote de novas canções poderosíssimas, e o outro formando uma retrospectiva de carreira magistral.
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