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terça-feira, maio 08, 2012

ANDERS OSBORNE SE AFASTA UM POUCO DO BLUES PARA REENCONTRAR A SI PRÓPRIO



O sueco Anders Osborne é uma figuraça.

Há 27 anos vivendo em New Orleans, esse cantor, compositor e guitarrista estranhamente talentoso não cansa de nos surpreender com seu blend único de blues, soul, folk e rock and roll.

Anders Osborne conhece como ninguém a música dos Estados Unidos. Fascinado pelos cantores e compositores dos anos 70, com Neil Young e Jackson Browne, ele acidentalmente descobriu o blues e se apaixonou. Viajou pela América aos 16 anos de idade incentivado por seu pai, que é músico de jazz na Suécia, e desde então mergulha cada vez mais fundo nas raízes musicais do país que o adotou.

Não demorou muito a concluir que New Orleans era onde ele queria viver, e desde seu disco de estréia, de 1995, vem participando da cena musical local com um trabalho híbrido e vigoroso.

Em 2007, decidiu deixar seu lado performer fulminante um pouco de lado para apostar em seu lado compositor.

Suas belas canções sobre a New Orleans pós-Katrina deram origem a um lindo disco chamado "Coming Down", que só serviu para elevar seu prestígio no meio musical.

Agora, já consagrado como uma das figuras emergentes mais vitais da cena blueseira americana, Anders assinou com a Alligator Records, de Chicago, e partiu para um trabalho voltado para um público mais amplo.

Com LPs ainda mais híbridos e aventurescos do que os que desenvolvia antes.
Estreou na Alligator em 2009 com “American Patchwork”, um disco com um conceito essencialmente hendrixiano, muito bem recebido por crítica e público.

E agora ele retorna com esse “Black Eye Galaxy”, onde que segue uma rota musical que tem mais a ver com Neil Young e seu Crazy Horse, mesclando o som e a fúria de suas guitarradas com devaneios musicais acústicos muito reveladores de seu momento de vida atual.

As duas primeiras faixas do disco -- "Send Me A Friend" e "Mind Of A Junkie" -- falam sobre dependência química, e tentam colocar em termos musicais o desespero e a dificuldade em lidar com a abstinência.

E conforme “Black Eye Galaxy” vai avançando, Anders segue rumo a um resgate pessoal em números como “Tracking My Roots” e “Louisiana Gold”, onde reavalia sua vida e suas opções existenciais. 

Mais adiante, na faixa título, ele não deixa por menos e embarca numa viagem musical surpreendente serena e completamente inusitada.

E tudo culmina em “Higher Ground”, um gospel muito delicado, onde mulher e filha se unem a ele e todos cantam juntos, num desfecho comovente para essa sequência contundente de canções.


A sensação que fica após ouvir esse “Black Eye Galaxy” é que Anders Osborne está fechando a conta da primeira metade de sua carreira, e abrindo alas para o que vem de agora em diante.

Aos 46 anos de idade, ele parece estar se preparando para um passo ainda maior muito em breve. 

Portanto, se você ainda não conhece o trabalho desse sueco naturalizado americano, o disco que vai fazer as devidas apresentações é esse aqui mesmo.

Acreditem: Anders Osborne é o cara.


INFO:
 http://www.allmusic.com/artist/anders-osborne-p169518/biography

DISCOGRAFIA:
 http://www.allmusic.com/artist/anders-osborne-p169518/discography

WEBSITE OFICIAL:
http://www.andersosborne.com/

AMOSTRAS GRÁTIS:

segunda-feira, abril 09, 2012

DENTRO DE JANIVA MAGNESS, MORA UMA NEGONA COM UM VOZEIRÃO MARAVILHOSO



Janiva Magness é o blues em pessoa.

Sua biografia é uma sucessão de desastres pessoais. Seus pais se suicidaram quando ainda era adolescente em Detroit. Depois, foi morar nas ruas e engravidou acidentalmente aos 17 anos, sendo obrigada a entregar o filho para adoção. Mais adiante, caiu na bebida, nas drogas e na prostituição.

Diz ela que sua vida mudou quando viu Otis Rush ao vivo num nightclub em Minneapolis. Foi quando ela decidiu que queria ser cantora. De blues e soul music. Sabia que tinha voz para isso. Daí, começou a trabalhar nesse projeto como se sua vida dependesse disso, até conseguir dar certo.

Verdade ou não, ela seguiu para Los Angeles em busca de uma chance no meio musical, e não podia ter chegado lá num momento pior. O ano era 1986, não havia espaço para artistas que não soassem como Michael Jackson, Prince ou Madonna.

Mesmo assim, ela insistiu. Deu muito com a cabeça na parede, mas então, em 1996, depois de dez anos de muita batalha, ela finalmente conseguiu estrear em disco com seu blend de blues, rhythm and blues e soul music.

E de lá prá cá não parou mais.


"Stronger For It" é seu oitavo disco -- e o terceiro gravado para a Alligator Records, que se empenhou em dar um gás todo especial a sua carreira.

Para isso, ela teve que deixar um pouco de lado os blues mais tradicionais e redirecionar seu repertório para um mix de soul pedestre de Memphis com o swing funkeado de New Orleans e o blues moderno de Chicago.

Valeu a pena. Até porque deu certo. As composições de Janiva ajudaram bastante, pois são todas de primeira linha, envolventes e grudentas na medida certa. E os quatro covers escolhidos para esse disco, no mínimo deliciosos.

Só nos resta torcer para que essa fórmula de sucesso de Janiva Magness não se esgote rapidamente, para que possamos desfrutar de mais discos como esse "Stronger For It".

Se você ainda não teve o prazer de ouvir Janiva Magness soltando sua voz, prepare-se.

Para o melhor, claro.



INFO:
http://www.allmusic.com/artist/janiva-magness-p289536/biography

DISCOGRAFIA:
http://www.allmusic.com/artist/janiva-magness-p289536/discography

WEBSITE OFICIAL:
http://janivamagness.com/

AMOSTRAS GRÁTIS:




sábado, abril 23, 2011

SENHORAS E SENHORES... MARCIA BALL


“Adoro fazer o que faço, e me sinto muito à vontade na estrada. Viajar, conhecer gente nova, tocar ao vivo 4 noites por semana no mínimo... é comigo mesma!”


“Minhas composições são sempre autobiográficas. Mas isso não quer dizer que as coisas tenham acontecido exatamente daquele jeito. Elas são sempre a minha versão da realidade.”


“Gravar discos às vezes não é fácil, pois nem sempre o resultado final sai do jeito que eu gostaria. Mas esses últimos trabalhos para a Alligator saíram perfeitos, um melhor que o outro. Nada como gravar o que a gente quer gravar, e sentir que é exatamente isso que o público quer escutar”.


“Pinetop Perkins era um doce de pessoa. Sempre vinha nos ver tocar, e adorava subir ao palco para tocar conosco, apesar de seus 96 anos de idade. Estava sempre muito feliz no palco. Muito triste constatar que isso nunca mais vai acontecer."


“De todos os artistas com quem já toquei, meus favoritos com certeza foram Irma Thomas e Dr. John. São enormes, maravilhosos. Artistas com quem ainda nunca contracenei, mas espero ansiosamente pelo dia em que isso acontecer? Eric Clapton, com certeza.”



LPS MARCIA BALL SOLO
Circuit Queen (1978)
Freda & The Firedogs Live (1980)
Soulful Dress (1984)
Hot Tamale Baby (1985)
Gatorhythms (1989)
Blue House (1994)
Let Me Play With Your Poodle (1997)
Sing It! (with Irma Thomas and Tracy Nelson 1998)
Presumed Innocent (2001)
So Many Rivers (2003)
Live! Down The Road (2005)
Choices And Changes (2007)
Peace, Love And BBQ (2008)
Roadside Attractions (2011)

WEBSITE OFICIAL
http://www.marciaball.com/