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quarta-feira, setembro 03, 2014

APAIXONADO NA 3° IDADE, ROBERT PLANT REINVENTA SUA CARREIRA EM GRANDE ESTILO


No longínquo ano de 1968, todos os integrantes do grupo Yardbirds tinham acabado de abandonar o guitarrista Jimmy Page às vésperas de uma tournée pela Europa.

Jimmy entrou em desespero e saiu correndo atrás de conhecidos e indicados de conhecidos para montar às pressas uma nova versão dos Yardbirds para poder cumprir os compromissos.

Foi quando conheceu Robert Plant, com quem estabeleceu uma parceria brilhante à frente do Led Zeppelin durante 12 anos.


Pois bem: em 1982, quando Plant iniciou sua carreira solo, o comentário geral era: "okay, funciona, lembra o Zep, mas falta Jimmy Page".

E a insistência para que ele e Page reatassem a velha parceria passou a ser tamanha que lá pelas tantas, em meados dos Anos 90, eles cederam e acabaram gravando dois discos em colaboração: um reciclando canções do Zep com arranjos acústicos inusitados e outro bem elétrico e só com material inédito.

Ao final dessa parceria, Robert Plant sentiu o peso do legado do Led Zep nas costas e decidiu redirecionar de forma radical sua carreira solo.

Saiu buscando não só suas raízes folk e blues como também reagrupando sua primeira banda, o Band Of Joy, e partindo para aventuras musicais ao lado de cantoras do quilate de Alison Krauss e, mais recentemente, de Patty Griffin.

E então, dois anos atrás, montou uma banda espetacular, The Sensational Space Shifters, com quem gravou um belo disco ao vivo.


Agora, Plant e The Sensational Space Shifters finalmente estreiam em estúdio nesse recém lançado "Lullaby And The Ceaseless Choir".

É o décimo disco solo de Plant, e talvez o mais arrojado musicalmente de todos.

Aqui, as combinações de rock e folk com música árabe e música eletrônica ficam menos aleatórias e revelam um projeto coeso e com uma personalidade musical fortíssima.

Todas as composições são coletivas.

Algumas até lembram o Zep.

Mas o estranhamento decorrente da abordagem musical escolhida vem sempre antes, podendo tanto encantar os ouvintes mais aventurescos quanto afastar os fãs mais conservadores.

Mas esse é um risco que Robert Plant, aos 66 anos de idade, não tem o menor medo de correr.

O importante é sentir claramente que todas aquelas imposições de mercado de que Robert Plant vinha tentando se libertar há anos, agora ficaram bem para trás.



Três detalhes importantes:

Um: todas as canções de amor desse disco foram escritas para a cantora e compositora Patti Griffin, com quem Plant se casou recentemente.

Dois: a voz folk feminina com sotaque de Wales que vez ou outra surge nas canções é da jovem cantora Julie Murphy, e é tão linda e intensa quanto as vozes de June Tabor, Anne Haslam e Linda Thompson.

Três: a produção aventuresca de T-Bone Burnett é simplesmente sensacional, valorizando os arranjos densos dos seis integrantes do Sensational Space Shifters e dando a eles uma organicidade musical ímpar.



Recentemente, numa entrevista, perguntaram a Robert Plant se seu desinteresse numa reunião com seus velhos parceiros do Led Zeppelin não é só da boca pra fora.

Plant disse: "Pois é... perguntaram a mesma coisa para os Eagles recentemente, e eles disseram que voltaram a tocar juntos porque estavam entediados em suas carreiras solo"

E então, completou: "Pois esse, definitivamente, não é o meu caso".

Precisa dizer algo mais?






WEBSITE PESSOAL
http://robertplant.warnerreprise.com/

DISCOGRAFIA
http://www.allmusic.com/artist/robert-plant-mn0000830538/discography

AMOSTRA GRÁTIS

quinta-feira, maio 19, 2011

SENHORAS E SENHORES... EMMYLOU HARRIS


“Demorei muito até me sentir segura como compositora. Algumas dessas canções que estou gravando agora foram compostas 20, 25 anos atrás, e depois abandonadas. É engraçado resgatar canções que pareciam perdidas para sempre.”


“Ao contrário da maioria das mulheres que eu conheço, não consigo fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo. Talvez por isso tenha demorado tanto a me afirmar como compositora. Não consigo compor quando estou em tournée, ou fazendo alguma outra coisa. Preciso parar tudo e dizer: Pronto, agora é hora de compor.”


“Muitas canções que eu cantava nos anos 1970 eu não consigo cantar mais, pois deixaram de fazer sentido. Não combinam mais comigo a essa altura da vida. Mas outras, como Pancho & Lefty de Townes Van Zandt, ou Evangeline de Robbie Robertson, ou ainda as canções de Gram Parsons... essas eu pretendo continuar cantando até sair de cena.”


“Me sinto muito orgulhosa de ter ajudado a revelar novos talentos como Gilliam Welch e Patti Griffin, gravando as canções delas antes de qualquer outra artista, e as chamando para abrir meus shows. É uma via de mão dupla, faz bem a ambas as partes envolvidas. Para mim, é sempre um prazer e um privilégio conviver com gente talentosa.”


“Eu me sinto muito bem por estar viva, gravando discos e na estrada há mais de 40 anos. Vi muitos amigos se perderem nessa estrada. Não me sinto uma sobrevivente. Sou é muito teimosa. Aprendi desde cedo a me precaver contra as doenças da estrada. Não dou sopa para o azar.”



LPS EMMYLOU HARRIS
Gliding Bird (1968)
Pieces Of The Sky (1975)
Elite Hotel (1976)
Luxury Liner (1977)
Quarter Moon In A Ten Cent Town (1978)
Blue Kentucky Girl (1979)
Light Of The Stable (1979)
Roses In The Snow (1980)
Evangeline (1981)
Last Date (1982)
White Shoes (1983)
The Ballad Of Sally Rose (1985)
Thirteen (1986)
Angel Band (1987)
Trio (with Linda Ronstadt & Dolly Parton 1987)
Bluebird (1989)
Brand New Dance (1990)
At The Ryman (1992)
Cowgirl´s Prayer (1993)
Wrecking Ball (1995)
Trio II (with Linda Ronstadt & Dolly Parton 1996)
Spyboy (1998)
Western Wall (with Linda Ronstadt 1999)
Red Dirt Girl (2000)
Stumble Into Grace (2003)
All The Roadrunnin´ (with Mark Knopfler 2006)http://www.blogger.com/img/blank.gif
Real Live Roadrunnin´ (with Mark Knopfler 2006)
All I Intended To Be (2008)
Hard Bargain (2011)

WEBSITE OFICIAL
http://www.emmylouharris.com/