Digam o que quiserem: Richard Galliano
É um artista de jazz.
Que, infelizmente, não grava jazz
tanto quanto gostaria porque o accordion é um instrumento pouco requisitado
entre os grupos do gênero.
Mesmo assim, Galliano segue sua
trajetória musical com uma atitude intrinsecamente jazzística mesclando a música
negra americana com o cancioneiro francês e italiano -- sempre buscando convergências
entre os mais diversos idiomas musicais e adequando sonoridades de outras épocas às sensibilidades mais modernas.
Galliano aprendeu a tocar accordion com seu pai ainda muito jovem.
Como gostava demais de jazz, decidiu apreender também a tocar trombone para poder se candidatar a participar de combos e orquestras de jazz.
Conforme foi amadurecendo como músico, foi descobrindo novas maneiras de inserir o accordion no jazz, e pouco a pouco foi-se desinteressando do trombone.
Ouviu de seu amigo e mestre Astor Piazzolla certa vez que jamais deveria se afastar de suas raízes musicais, mas também jamais deveria ficar restrito a elas. Segue esse conselho à risca desde então.
Galliano aprendeu a tocar accordion com seu pai ainda muito jovem.
Como gostava demais de jazz, decidiu apreender também a tocar trombone para poder se candidatar a participar de combos e orquestras de jazz.
Conforme foi amadurecendo como músico, foi descobrindo novas maneiras de inserir o accordion no jazz, e pouco a pouco foi-se desinteressando do trombone.
Ouviu de seu amigo e mestre Astor Piazzolla certa vez que jamais deveria se afastar de suas raízes musicais, mas também jamais deveria ficar restrito a elas. Segue esse conselho à risca desde então.
Hoje, aos 62 anos de idade, não é à toa
que esse francês de família italiana já é tido como o accordionista mais importante
do cenário musical internacional.
Galliano é um artista múltiplo, imprevisível, que vai de Bach a Billie Holiday sem escalas nem cerimônias, e que grava discos tanto para selos de jazz europeus quanto para a classuda Deutsche Grammophon.
Galliano é um artista múltiplo, imprevisível, que vai de Bach a Billie Holiday sem escalas nem cerimônias, e que grava discos tanto para selos de jazz europeus quanto para a classuda Deutsche Grammophon.
Esse disco, “Nino Rota”, é
um exemplo do amplo alcance de Richard Galliano como músico.
Aqui, ele passeia pelo repertório
do grande compositor italiano com uma delicadeza, e ao mesmo tempo com uma
irreverência absolutamente ímpares, alterando compassos de números tradicionais
para que possam receber improvisações onde antes elas não caberiam, e reinventando vários conceitos musicais recorrentes na obra musical de Rota.
Assim como acontecia com a postura musical
de Astor Piazzolla – aliás, homenageado por Galliano num aguardado LP que chega às lojas ainda este mês --, nenhuma obra musical composta por Nino Rota é considerada aqui sagrada
ou intocável, por melhor e mais emblemática que seja.
E apesar disso, duvido muito que os fãs
de Nino Rota consigam torcer o nariz para um projeto tão simpático, tão leve e
tão deliciosamente criativo quanto esse
Lançado em Outubro do ano passado
em meio às comemorações do centenário do maestro e compositor, esse “Nino Rota”
não sai do meu playlist do iTunes desde então.
O caso é que não canso de trabalhar ao som desse disco.
O caso é que não canso de trabalhar ao som desse disco.
Daí, estava mais do que na hora –
meio atrasado, aliás -- de indicá-lo por aqui.
Sendo assim, conheçam Richard
Galliano e reencontrem o grande maestro italiano nesse belo disco.
Em algum ponto do Cosmos, quem
sabe Nino Rota e Astor Piazzolla -- e quem sabe até Federico Fellini -- não estão bebendo em homenagem a
essa deliciosa brincadeira musical promovida por esse discípulo pouco respeitoso.
Mas incomparável.
Mas incomparável.
INFO:
http://www.allmusic.com/artist/richard-galliano-p78594/biography
DISCOGRAFIA:
http://www.allmusic.com/artist/richard-galliano-p78594/discography
WEBSITE OFICIAL:
http://www.richardgalliano.com/
AMOSTRAS GRÁTIS:
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