quinta-feira, abril 12, 2018

NOSSO ANIVERSARIANTE É O JAZZMAN MAIS ELEGANTE E MENOS ORTODOXO DE TODOS OS TEMPOS



Músico de jazz norte-americano, Herbert Jefferey Hancock nasceu a 12 de abril de 1940, em Chicago, Illinois. Aos 7 anos de idade começou a ter lições de piano e aos 11 anos já era solista num concerto com a Chicago Simphony, interpretando Mozart. Em 1961, depois de acabar os seus estudos no Grinnell College, Donald Byrd convida-o a integrar a sua banda em Nova Iorque. Não muito depois, a editora Blue Note (uma referência no mundo jazz ) oferece-lhe um contrato a solo. Entretanto, e já depois da edição do seu primeiro álbum, Takin'Off , é convidado a integrar a banda de Miles Davis. Até 1968, Herbie adapta-se a uma nova realidade: a direção e influência de Miles Davis e o piano elétrico. Sem descurar a sua carreira a solo, vai colecionando sucessos com composições sofisticadas, como “Maiden Voyage”, “Cantaloupe Island”, “Goodbye to Childhood” e “Speak Like a Child”. Assim como a banda sonora de “Blow Up”, de Michelangelo Antonioni, que abriu as portas do cinema.
Em 1969, depois de editar o álbum funk “Fat Albert Rotunda”, forma um sexteto que se viria a tornar numa das mais dinâmicas bandas da era. Já profundamente envolvido na eletrônica, Herbie adiciona sintetizadores e instrumentos elétricos à sua banda, originando um som mais complexo e ritmado, inovando em toda a linha. Uma vez convertido ao budismo, e sem dinheiro, Herbie dissolve a banda em 1973, convicto que o seu objetivo de vida seria fazer o público feliz.

Logo a seguir, reúne uma banda funk , que com o seu primeiro álbum “Head Hunters” atinge o estrelato. Tornou-se no disco mais vendido de toda a história da música jazz . Herbie Hancock ainda viria a gravar mais uma série de álbuns "elétricos" de grande qualidade, durante a década de 70 do século XX, mas sempre sem abandonar completamente o jazz acústico. Em 1965, a banda de Miles Davis volta a reunir-se, agora sob o nome V.S.O.P, para um festival jazz e uma digressão. Esta banda só se viria a desintegrar em 1992.
Herbie Hancock prosseguiu a sua multifacetada carreira durante os finais do século XX, com novos sons, bandas sonoras, tocando em festivais e bandas. Uma prova da sua constante mutação é o álbum “Perfect Machine” (1988). Este disco revela uma sonoridade techno-pop bem diferente do seu tradicional jazz acústico. Englobando os mais variados estilos, tais como blues, funk ou gospel , a sua sonoridade revela um ritmo urbano complexo mas ao mesmo tempo harmónico.

A partir daqui, o músico entrou numa dança de editoras, trocando a Columbia - a sua editora desde 1973 - pela Qwest, para uma série de edições sem relevo, à exceção de “A Tribute To Miles” (1992), e assinando finalmente pela Polygram, em 1994. Este acordo permitiu-lhe gravar jazz para a Verve e discos pop para a Mercury, ambas subsidiárias daquela editora. Em 1998, editou “Gershwin's World”.

Dois anos mais tarde, regressou às edições de estúdio com “Night Walker”. O músico não abandonou o seu vanguardismo, pautando a sua música pela inovação e pela aproximação do jazz a outros estilos musicais, numa fórmula estranha mas cativante. Esta perspectiva é especialmente notória no disco “Future 2 Future” (2001), onde Herbie Hancock dá mais uns passos no sentido de afirmar o seu jazz electrónico. Convidando Carl Craig, um dos pioneiros da música eletrónica, e Bill Laswell, outro nome consagrado nesse estilo musical, e aliando a versatilidade musical destes ao virtuosismo de Jack DeJonhette e Wayne Shorter e à voz de Chaka Khan, tudo produzido por A Guy Called Gerald, um nome conhecido do drum'n'bass , o disco não é interessante para os puristas do jazz, mas é sem dúvida um documento interessante para atestar sobre a capacidade de Herbie Hancock adaptar a sua música a outros tempos.

Diversas compilações da obra do músico têm sido editadas, merecendo destaque “The Herbie Hancock's Box”, de 2003, com um design original e recolhendo temas das fases mais experimentais do pianista. (www.infopédia.pt)

DISCOGRAFIA
1963 TAKIN' OFF
1963 MY POINT OF VIEW
1964 INVENTIONS AND DIMENSIONS
1964 EMPYREAN ISLANDS
1965 MAIDEN VOYAGE
1966 BLOW-UP
1968 SPEAK LIKE A CHILD
1969 THE PRISONER
1970 FAT ALBERT ROTUNDA
1971 MWANDISHI
1972 CROSSINGS
1973 SEXTANT
1973 HEAD HUNTERS
1974 CHAMALEON
1974 DEDICATION
1974 THRUST
1974 SPANK-A-LEE
1974 TREASURE CHEST
1975 DEATH WISH
1975 LOVE ME BY NAME
1975 IN CONCERT, VOLUME 2
1975 HERBIE HANCOCK
1975 SUCCOTASH
1976 LIVE IN JAPAN
1976 MAN-CHILD
1976 SECRETS
1976 DOIN’ IT
1976 KAWAIDA
1977 FLOOD
1977 HERBIE HANCOCK TRIO
1977 V.S.O.P. VOLUME 1
1977 V.S.O.P. THE QUINTET
1977 TEMPEST IN THE COLOSSEUM
1978 I THOUGHT IT WAS YOU
1978 SUNLIGHT
1978 DIRECT STEP
1979 FEETS DON'T FAIL ME NOW
1979 V.S.O.P. - LIVE UNDER THE SKY
1979 AN EVENING WITH HERBIE HANCOCK AND CHICK COREA IN CONCERT
1980 THE PIANO
1980 MONSTER
1980 HANCOCK ALLEY
1980 MR. HANDS
1981 MAGIC WINDOWS
1981 DOUBLE RAINBOW
1981 BY ALL MEANS
1981 HERBIE HANCOCK QUARTET
1982 LITE ME UP
1982 THIRD PLANE
1983 ROCKIT
1983 FUTURE SHOCK
1984 SOUND-SYSTEM
1984 HOT AND HEAVY
1985 VILLAGE LIFE
1986 ROUND MIDNIGHT
1988 PERFECT MACHINE
1988 SONGS FOR MY FATHER
1990 JAZZ AFRICA
1991 A JAZZ COLLECTION
1994 A TRIBUTE TO MILES
1994 CANTALOUPE ISLAND
1995 DIS IS DA DRUM
1995 JAMMIN' WITH HERBIE
1995 JAZZ PORTRAIT
1996 THE NEW STANDARD
1997 JAZZ PROFILE
1997 1 + 1 (com Wayne Shorter)
1998 GERSHWIN'S WORLD
1998 RETURN OF THE HEAD HUNTERS
1999 RIOT
1999 BACKTRACKS
2000 LES INCONTOURNABLES
2000 NIGHT WALKER
2001 FUTURE 2 FUTURE
2002 DAY DREAMS
2002 DIRECTIONS IN MUSIC: LIVE AT MASSEY HALL
2005 POSSIBILITIES
2006 JAZZ TO FUNK
2007 RIVER: THE JONI LETTERS
2008 THEN AND NOW: THE DEFINITIVE HERBIE HANCOCK

2010 LATE NIGHT JAZZ FAVORITES









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