segunda-feira, abril 30, 2018

NOSSO ANIVERSARIANTE DE HOJE É -- AO LADO DE IGGY POP E ALICE COOPER -- INTEGRANTE DA SANTÍSSIMA TRINDADE DO ROCK ENDEMONIADO DE DETROIT


O cantor, compositor e guitarrista Wayne Kramer surgiu na cena musical de Detroit na segunda metade dos Anos 60, como integrante do incendiário grupo Motor City 5 (MC5). Tocava no Grand Ballroom, que era gerenciado por John Sinclair, um escritor radical de esquerda. que havia fundado o Movimento Panteras Brancas. O mote principal das performances da banda era “Kick Out The Jams” -– em bom português, Bota Pra Fudê --, que acabou servindo como título ao primeiro LP deles pela Elektra. Mas muitos lojistas se negaram a comercializar um disco com um nome desses, daí a gravadora optou por deixar na capa do LP apenas o logo da banda -– que, inconformada, mandou confeccionar adesivos com as palavras FUCK YOU usando a mesma tipologia do logo da banda e os afixou nas vitrines das lojas que criaram este impasse. Isso levou, naturalmente, a um rompimento com a Elektra. Mas logo em seguida conseguiram um novo empresário -– o crítico musical Jon Landau -– que conseguiu para eles um contrato com a ATCO, onde gravaram dois ótimos discos: “Back In The USA” e “High Time”. Pena que a banda fosse tão autodestrutiva, e todos os integrantes usuários de drogas pesadas e também traficantes eventuais. Wayne foi um dos integrantes da banda que não morreu de OD, mas acabou em cana onde permaneceu por boa parte dos Anos 70. Retomou sua carreira nos anos 80 como artista solo, gravou bons discos pela Epitaph Records, e, mais recentemente, assumiu a liderança de uma nova encarnação do MC5, bem menos turbulenta que a original. Não tem lançado discos nos últimos 10 anos, mas vira e mexe reaparece em tournée à frente do MC5. Esteve com a banda em São Paulo alguns anos atrás, estranhamente acompanhado do cantor e guitarrista power-pop Marshall Crenshaw -– uma combinação estranha, que não deu liga, mas que foi divertida mesmo assim. (Chico Marques)








PLUS:



domingo, abril 15, 2018

NOSSO ANIVERSARIANTE É SIMPLESMENTE O MAIOR SOULMAN VIVO, E ISSO MERECE SER DEVIDAMENTE COMEMORADO



Embora considerado por muitos como o último grande artista da geração da música soul, Al Green não soa nada parecido com os seus predecessores. Sua voz é frequentemente comparada a uma combinação perfeita entre “sensual” e “sexy”. Com o seu falsete característico e único, capaz de provocar verdadeiras explosões de arrepios, ele esteve em alta durante todos os anos 70, alcançando o top 10 da paradas diversas vezes.

Albert Greene nasceu em Abril de 1946, em Arkansas. Ainda pequeno começou a atuar com os seus cinco irmãos mais velhos, conhecidos localmente por Greene Brothers. Apesar de serem muito pequenos começaram desde cedo a criar boa reputação e a lançar as sementes para o sucesso. Então, no final dos anos 50, o pai o expulsou de casa quando o encontrou a ouvir o mítico Jackie Wilson, considerado o Elvis Presley negro! Uma vez que a família Greene era profundamente devota à igreja católica, o recém-descoberto interesse musical de Albert foi motivo suficiente para que fosse colocado fora de casa.

Na escola secundária, Al Green começou um grupo com dois colegas, Curtis Rodgers e Palmer James. Em 1968, gravaram a música “Back Up Train” e em poucas semanas assistiram ao sucesso da música nas tabelas de R&B. Ainda assim, o álbum de estreia dos Al Green & Soul Mates não teve o mesmo sucesso.

Ao assinar contrato com o produtor Willie Mitchell, Al Green lançou então o seu primeiro álbum a solo, “Green Is Blues”, que registou um sucesso moderado. O segundo disco “Al Green Next to You” também não elevou Al Green ao patamar do estrelato. Mas quando o álbum “Let’s Stay Together” saiu, o artista nunca mais deixou de ser reconhecido como uma das grandes vozes da História da Música. Foi com este hit clássico -- seu primeiro disco de ouro -- que garantiu um lugar único no coração do público.

Após anos de glória, o artista viveu momentos dramáticos em 1974, quando pouco depois do lançamento do álbum “Al Green Explores Your Mind”, a sua ex-namorada, Mary Woodson White, despejou seobre ele uma frigideira de aveia quente enquanto tomava banho. O motivo teria sido dele em se casar com ela, que se suicidou logo após o ataque, usando o próprio revólver dele, Al Green. Levou semanas para ele se recuperar das queimadoras nas costas e nos braços. De qualquer maneira, sua vida mudou radicalmente daquele momento em diante. Tornou-se pastor pelo Tabernáculo Full Gospel em Memphis. No ano seguinte casou com Shirley Kyles, com quem teve 3 filhas. E passou a se dedicar à religião, alternando LPs soul com LPs gospel – se bem que, ao longo dos Anos 80 e 90, Al se dedicou prioritariamente à sua carreira gospel.

Só em 2003, Al Green regressou com força total à soul music, e então todos se deram conta de que ele era o maior soulman vivo, e que esse legado precisava ser saudado. Seu disco de retorno foi o sensacional “I Can’t Stop”, novamente sob a produção do lendário Willie Mitchell, que também produziu seu disco seguinte, “Everything’s OK”. Em 2008, experimentou sonoridades mais modernosas em “Lay It Down”, lado a lado com nomes da nova geração do R&B como Ahmir Questlove Thompson (do grupo The Roots) e o notável tecladista James Poyser. Continua ativo e correndo a America com seus shows arrebatadores

DISCOGRAFIA
1967 Back Up Train
1969 Green Is Blues
1971 Gets Next to You
1972 Let's Stay Together
1972 I'm Still in Love with You
1973 Call Me
1973 Livin' for You
1974 Explores Your Mind
1975 Al Green Is Love
1976 Full of Fire
1976 Have a Good Time
1977 The Belle Album
1978 Truth N' Time
1980 The Lord Will Make a Way
1981 Higher Plane
1981 Tokyo Live
1982 Precious Lord
1983 I'll Rise Again
1983 The Christmas Album
1983 White Christmas
1983 Al Green Presents the Full Gospel Tabernacle Choir
1984 Trust in God
1985 He Is the Light
1987 Soul Survivor
1989 I Get Joy
1990 From My Soul
1992 Sings Gospel
1992 Love Is Reality
1993 Don't Look Back
1995 Your Heart's in Good Hands
2002 Back2Back Gospel Hits
2003 I Can't Stop
2005 Everything's OK

2008 Lay It Down














plus...






quinta-feira, abril 12, 2018

NOSSO ANIVERSARIANTE É O JAZZMAN MAIS ELEGANTE E MENOS ORTODOXO DE TODOS OS TEMPOS



Músico de jazz norte-americano, Herbert Jefferey Hancock nasceu a 12 de abril de 1940, em Chicago, Illinois. Aos 7 anos de idade começou a ter lições de piano e aos 11 anos já era solista num concerto com a Chicago Simphony, interpretando Mozart. Em 1961, depois de acabar os seus estudos no Grinnell College, Donald Byrd convida-o a integrar a sua banda em Nova Iorque. Não muito depois, a editora Blue Note (uma referência no mundo jazz ) oferece-lhe um contrato a solo. Entretanto, e já depois da edição do seu primeiro álbum, Takin'Off , é convidado a integrar a banda de Miles Davis. Até 1968, Herbie adapta-se a uma nova realidade: a direção e influência de Miles Davis e o piano elétrico. Sem descurar a sua carreira a solo, vai colecionando sucessos com composições sofisticadas, como “Maiden Voyage”, “Cantaloupe Island”, “Goodbye to Childhood” e “Speak Like a Child”. Assim como a banda sonora de “Blow Up”, de Michelangelo Antonioni, que abriu as portas do cinema.
Em 1969, depois de editar o álbum funk “Fat Albert Rotunda”, forma um sexteto que se viria a tornar numa das mais dinâmicas bandas da era. Já profundamente envolvido na eletrônica, Herbie adiciona sintetizadores e instrumentos elétricos à sua banda, originando um som mais complexo e ritmado, inovando em toda a linha. Uma vez convertido ao budismo, e sem dinheiro, Herbie dissolve a banda em 1973, convicto que o seu objetivo de vida seria fazer o público feliz.

Logo a seguir, reúne uma banda funk , que com o seu primeiro álbum “Head Hunters” atinge o estrelato. Tornou-se no disco mais vendido de toda a história da música jazz . Herbie Hancock ainda viria a gravar mais uma série de álbuns "elétricos" de grande qualidade, durante a década de 70 do século XX, mas sempre sem abandonar completamente o jazz acústico. Em 1965, a banda de Miles Davis volta a reunir-se, agora sob o nome V.S.O.P, para um festival jazz e uma digressão. Esta banda só se viria a desintegrar em 1992.
Herbie Hancock prosseguiu a sua multifacetada carreira durante os finais do século XX, com novos sons, bandas sonoras, tocando em festivais e bandas. Uma prova da sua constante mutação é o álbum “Perfect Machine” (1988). Este disco revela uma sonoridade techno-pop bem diferente do seu tradicional jazz acústico. Englobando os mais variados estilos, tais como blues, funk ou gospel , a sua sonoridade revela um ritmo urbano complexo mas ao mesmo tempo harmónico.

A partir daqui, o músico entrou numa dança de editoras, trocando a Columbia - a sua editora desde 1973 - pela Qwest, para uma série de edições sem relevo, à exceção de “A Tribute To Miles” (1992), e assinando finalmente pela Polygram, em 1994. Este acordo permitiu-lhe gravar jazz para a Verve e discos pop para a Mercury, ambas subsidiárias daquela editora. Em 1998, editou “Gershwin's World”.

Dois anos mais tarde, regressou às edições de estúdio com “Night Walker”. O músico não abandonou o seu vanguardismo, pautando a sua música pela inovação e pela aproximação do jazz a outros estilos musicais, numa fórmula estranha mas cativante. Esta perspectiva é especialmente notória no disco “Future 2 Future” (2001), onde Herbie Hancock dá mais uns passos no sentido de afirmar o seu jazz electrónico. Convidando Carl Craig, um dos pioneiros da música eletrónica, e Bill Laswell, outro nome consagrado nesse estilo musical, e aliando a versatilidade musical destes ao virtuosismo de Jack DeJonhette e Wayne Shorter e à voz de Chaka Khan, tudo produzido por A Guy Called Gerald, um nome conhecido do drum'n'bass , o disco não é interessante para os puristas do jazz, mas é sem dúvida um documento interessante para atestar sobre a capacidade de Herbie Hancock adaptar a sua música a outros tempos.

Diversas compilações da obra do músico têm sido editadas, merecendo destaque “The Herbie Hancock's Box”, de 2003, com um design original e recolhendo temas das fases mais experimentais do pianista. (www.infopédia.pt)

DISCOGRAFIA
1963 TAKIN' OFF
1963 MY POINT OF VIEW
1964 INVENTIONS AND DIMENSIONS
1964 EMPYREAN ISLANDS
1965 MAIDEN VOYAGE
1966 BLOW-UP
1968 SPEAK LIKE A CHILD
1969 THE PRISONER
1970 FAT ALBERT ROTUNDA
1971 MWANDISHI
1972 CROSSINGS
1973 SEXTANT
1973 HEAD HUNTERS
1974 CHAMALEON
1974 DEDICATION
1974 THRUST
1974 SPANK-A-LEE
1974 TREASURE CHEST
1975 DEATH WISH
1975 LOVE ME BY NAME
1975 IN CONCERT, VOLUME 2
1975 HERBIE HANCOCK
1975 SUCCOTASH
1976 LIVE IN JAPAN
1976 MAN-CHILD
1976 SECRETS
1976 DOIN’ IT
1976 KAWAIDA
1977 FLOOD
1977 HERBIE HANCOCK TRIO
1977 V.S.O.P. VOLUME 1
1977 V.S.O.P. THE QUINTET
1977 TEMPEST IN THE COLOSSEUM
1978 I THOUGHT IT WAS YOU
1978 SUNLIGHT
1978 DIRECT STEP
1979 FEETS DON'T FAIL ME NOW
1979 V.S.O.P. - LIVE UNDER THE SKY
1979 AN EVENING WITH HERBIE HANCOCK AND CHICK COREA IN CONCERT
1980 THE PIANO
1980 MONSTER
1980 HANCOCK ALLEY
1980 MR. HANDS
1981 MAGIC WINDOWS
1981 DOUBLE RAINBOW
1981 BY ALL MEANS
1981 HERBIE HANCOCK QUARTET
1982 LITE ME UP
1982 THIRD PLANE
1983 ROCKIT
1983 FUTURE SHOCK
1984 SOUND-SYSTEM
1984 HOT AND HEAVY
1985 VILLAGE LIFE
1986 ROUND MIDNIGHT
1988 PERFECT MACHINE
1988 SONGS FOR MY FATHER
1990 JAZZ AFRICA
1991 A JAZZ COLLECTION
1994 A TRIBUTE TO MILES
1994 CANTALOUPE ISLAND
1995 DIS IS DA DRUM
1995 JAMMIN' WITH HERBIE
1995 JAZZ PORTRAIT
1996 THE NEW STANDARD
1997 JAZZ PROFILE
1997 1 + 1 (com Wayne Shorter)
1998 GERSHWIN'S WORLD
1998 RETURN OF THE HEAD HUNTERS
1999 RIOT
1999 BACKTRACKS
2000 LES INCONTOURNABLES
2000 NIGHT WALKER
2001 FUTURE 2 FUTURE
2002 DAY DREAMS
2002 DIRECTIONS IN MUSIC: LIVE AT MASSEY HALL
2005 POSSIBILITIES
2006 JAZZ TO FUNK
2007 RIVER: THE JONI LETTERS
2008 THEN AND NOW: THE DEFINITIVE HERBIE HANCOCK

2010 LATE NIGHT JAZZ FAVORITES









plus

 



quarta-feira, abril 11, 2018

DENTRO DESTA LINDA LOIRA INGLESA QUE FAZ ANIVERSÁRIO HOJE, MORA UMA NEGONA COM UM VOZEIRÃO SENSACIONAL



Joss Stone nasceu em Dover, Kent, Inglaterra. Passou a sua adolescência na vila de Ashill, Devon. Cresceu escutando Dusty Springfield e Aretha Franklin. “Fiquei viciada em soul music principalmente por causa do tipo de vocalização que ela exige... Tem que se ter boa voz para cantar soul e eu sempre gostei disso, desde pequena”, disse ela 15 anos atrás.

Saiu menina da Inglaterra para uma audição em Nova York com Steve Greenberg, o chefe do setor executivo da S-Curve Records. Assinou um contrato global com a BMG Music Publishing no Reino Unido e foi para Miami para começar a trabalhar no seu primeiro álbum, “The Soul Sessions” (Setembro de 2003). Colaborou com artistas de credenciais sólidas na cena soul de Miami – gente como Betty Wright, Benny Latimore, Timmy Thomas e Little Beaver --, mas também trabalhou com artistas contemporâneos como Angie Stone e a superbanda The Roots. O álbum consiste em covers de soul music pouco conhecidas de Wright, Franklin, Laura Lee e Bettye Swann. Alcançou o Top 5 da parada de álbuns britânica e o Top 40 da Billboard 200 nos EUA. O primeiro single, “Fell In Love With a Boy”, uma regravação dos White Stripes, foi uma sucesso internacional estrondoso, assim como o single seguinte, “Super Duper Love”.

Na esteira da aclamação crítica por “The Soul Sessions”, Stone gravou seu segundo álbum: “Mind, Body & Soul” (2004), dessa vez composto de músicas originais. Foi um sucesso ainda maior que seu antecessor, e estreou no 1º posto daa parada de álbuns britânica, quebrando o recorde de “cantora mais jovem a chegar ao topo da parada britânica”, antes pertencente a Avril Lavigne. Porém, não conseguiu entrar no Top 10 da Billboard, onde chegou à posição de número 11. Mas fez bonito dos dois lados do Atlântico, e desde então vem mantendo sua carreira num patamar invejável.

Nesses últimos 13 anos, gravou outros 5 LPs e participou da superbanda SUPERHEAVY ao lado de Mick Jagger e Dave Stewart, onde se divertiu um bocado. Sua carreira segue em vento de vento em popa, seu futuro é brilhante e ela continua tão linda quanto era quando surgiu ne cena musical aos 15 anos de idade.

DISCOGRAFIA
The Soul Sessions (2003)
Mind Body & Soul (2004)
Introducing Joss Stone (2007)
Colour Me Free! (2009)
LP1 (2011)
Superheavy (2011)

The Soul Sessions Vol. 2 (2012)
Water for Your Soul (2015)














plus...






terça-feira, abril 10, 2018

NOSSO ANIVERSARIANTE CONSEGUIU A PROEZA DE TRAZER O ROCKABILLY DE VOLTA ÀS PARADAS DE SUCESSO NOS ANOS 80



Nascido Brian Robert Setzer à partir de Janeiro de 1980, Setzer liderou a popular banda de rockabilly, Stray Cats. Após apresentações de New York à Filadélfia, Setzer, Lee Rocker (Leon Drucker) e Slim Jim Phantom (James McDonnell) decidiram ir para Londres, Inglaterra (em Junho de 1980) onde eles acreditavam, teriam melhor aceitação e apreciação do seu estilo e de seu som. Assim que chegaram, eles decidiram mudar o nome da banda para Stray Cats, um nome sugerido por Rocker. Os Stray Cats ganharam a atenção da América com o álbum de 1982, “Built for Speed”, o qual inclui dois hits Top 10: Rock This Town (#9) e Stray Cat Strut (#3), bem como o seu álbum sucessor Rant 'N Rave, que também inclui dois singles bem-sucedidos: (She's) Sexy + 17 (#5) e I Won't Stand in Your Way (#35).

Nos anos 1990, Setzer liderou um retorno para o Swing e as músicas de Big Bands, quando ele formou a The Brian Setzer Orchestra. A banda já lançou sete álbuns e dois DVDs ao vivo. O grupo tem alguns hits, dentre eles um de Louis Prima, “Jump, Jive an' Wail”, uma música inicialmente gravada para o álbum “The Wildest!”, de Louis Prima, em 1957.

Brian Setzer foi agraciado com o prêmio Orville H. Gibson Lifetime Achievement no Gibson Awards de 1999. Em 1999, os outros agraciados deste prestigioso prêmio foram B. B. King, Emmylou Harris, Vince Gill e John Fogerty. Henry Juszkiewicz, presidente e CEO dos instrumentos musicais Gibson, disse a Brian, na premiação de 1999: "Por seu rápido sucesso como um Stray Cat até sua nomeação para o Grammy e pelo triunfo multi-platina com a Brian Setzer Orchestra, Brian continua a demonstrar sua genialidade criativa como um dos maiores músicos americanos e exímio guitarrista. E por isso, nós o honramos com o Orville H. Gibson Lifetime Achievement"

Desde 2000, Brian ganhou 3 prêmios Grammy: Melhor Performance de Grupo Pop para “Jump, Jive An' Wail”, e dois de Melhor Performance Pop Instrumental por “Sleepwalk” e “Caravan”. Em Dezembro de 2006 ele recebeu sua 7ª nomeação para o Grammy por sua versão de “My Favorite Things”, novamente na categoria Melhor Performance Pop Instrumental.

Brian Setzer também gravou alguns álbuns-solo durante o hiato do Stray Cats nos anos 1980 junto com alguns nos anos 1990. Em 2001 ele lançou um álbum intitulado Ignition com a banda “'68 Comeback Special”. Um álbum tributo a gravadora Sun Records, intitulado “Rockabilly Riot Vol. 1: A Tribute To Sun Records” foi lançado em 26 de Julho de 2005, nos Estados Unidos. Seu último álbum em carreira solo, intitulado “13”, foi lançado em Outubro de 2006.

Brian também participou em um episódio de 2002 na popular série animada “The Simpsons”. Ele dublou a si próprio como um tutor de um fictício acampamento de Rock & Roll. E, para surpresa geral, em 25 de Setembro de 2007 a Brian Setzer Orchestra lançou o álbum “Wolfgang's Big Night Out”, que apresenta Setzer em peças clássicas, como a “5ª Sinfonia” e “Für Elise” de Beethoven.

Brian teve o privilégio de interpretar seu herói musical Eddie Cochran no filme sobre a vida de Ritchie Valens, “La Bamba”, e segue em turnê pelos Estados Unidos, Europa e Japão em carreira solo, com os Stray Cats ou com sua Orquestra.

É casado desde 2000 com Julie Setzer (Julie nee Reiten, quando solteira), uma das backing vocals da Brian Setzer Orchestra. Eles se casaram em Palm Springs, Califórnia, no verão de 2005, e vivem hoje em Minneapolis, MS.

BRIAN SETZER DISCOGRAFIA

BLOODLESS PHARAOHS
Marty Thau 2 x 5 (1980)

STRAY CATS
Stray Cats (1981)
Gonna Ball (1981)
Built For Speed (1982)
Rant N' Rave With the Stray Cats (1983)
Rock Therapy (1986)
Blast Off! (1989)
Let's Go Faster! (1990)
Choo Choo Hot Fish (1992)
Original Cool (1993)

BRIAN SETZER ORCHESTRA
The Brian Setzer Orchestra (1994)
Guitar Slinger (1996)
The Dirty Boogie (1998)
Vavoom! (2000)
Boogie Woogie Christmas (2002)
Jump, Jive an' Wail - The Very Best of the Brian Setzer Orchestra (2003)
The Ultimate Collection Live (2004)
Dig That Crazy Christmas (2005)
Wolfgang's Big Night Out (2007)
The Best Of Collection - Christmas Rocks! (2008)
Songs From Lonely Avenue (2009)
Christmas Comes Alive! (2010)
Don't Mess With A Big Band (2010)

ÁLBUNS SOLO
The Knife Feels Like Justice (1986)
Live Nude Guitars (1988)
Rockin' By Myself (1993)
'68 Comeback Special Ignition (2001)
Nitro Burnin' Funny Daddy (2003)
Rockabilly Riot Vol. 1: A Tribute To Sun Records (2005)
13 (2006)
Red Hot & Live (2007)
Setzer Goes Instrumental (2011)










plus....



segunda-feira, abril 09, 2018

NOSSO ANIVERSARIANTE FOI O "PAI FUNDADOR" DO ROCKABILLY COM "BLUE SUEDE SHOES" E "MATCHBOX"



Carl Lee Perkins nasceu no dia 9 de abri de 1932 em Tiptonville, Tennessee, EUA, filho de Buck e Louise Perkins, pobres fazendeiros locais. Carl cresceu ouvindo de tudo, de Gospel a Blues e Country. Apesar de estudar, ele e o irmão Jay davam duro trabalhando no campo, ganhando US$ 0,50 por dia. Aos sábados, nas horas de descanso, ouvia os programas do legendário Grand Ole Opry, que foi determinante em sua aspiração em aprender a tocar guitarra. Mr. Perkins fez uma guitarra com uma caixa de charutos e um cabo de vassoura, dando uma de verdade ao filho, pouco tempo depois.

As primeiras músicas que Carl aprendeu a tocar foram “Great Speckled Bird” e “The Wabash Cannonball,” composições de Roy Acuff, fundador do Opry. Outra influência do jovem foi o cantor e guitarrista Bill Monroe. Aprendeu a levada do Blues com o amigo John Westbrook. Aos 14 anos, escreveu sua primeira composição, “Let Me Take You to the Movie, Magg” quando de sua estada em Jackson, Tennessee. Junto do mano Jay, começou a tocar num clube. No repertório da dupla estava o clássico “Blue Moon of Kentucky” de Bill Monroe, seu herói. pouco tempo depois, persuadiu seu outro irmão Clayton a tocar baixo acústico e eles viraram um trio. Aí começaram a se apresentar em programas de rádio locais, tornando-se célebres. Como a música ainda não rendia muito para sobreviver, Carl tinha alguns empregos durante o dia e à noite, tocava com Jay e Clayton em clubes e bares.

As coisas começaram a melhorar em 1954, quando Carl fez um teste na gravadora Sun Records do legendário Sam Phillips e foi aprovado. No ano seguinte saíram os primeiros singles pelo selo, “Movie Magg” e “Turn Around”. Com o sucesso dos discos, Carl fez alguns shows junto com outras estrelas da casa como Elvis Presley, Johnny Cash e Jerry Lee Lewis. Os quatro tornaram-se grandes amigos desde então. Carl mostrava ser um promissor nome da Sun Records, ainda mais com a ida do Rei do Rock para a RCA Victor. Saiu então o single Gone Gone Gone e Perkins ainda estava na crista da onda. Ele compôs então o clássico “Blue Suede Shoes”, que vendeu meio milhão de cópias.

Em 1956, quando ele e seus irmãos, que faziam parte de sua banda de apoio, se dirigiam para se apresentar no “The Perry Como Show”, sofreram um acidente quase fatal, que deixou Carl acamado durante muitos meses, afetando assim sua carreira, pois a versão de Elvis para “Blue Suede Shoes” tornou-se um sucesso milionário. Mesmo tendo lançado outros singles, que tornaram-se clássicos posteriormente, como “Boppin’ The Blues”, “Matchbox”, “Everybody’s Tryin’ To Be My Baby”, “Honey Don’t” e “Dixie Fried”, ele não conseguiu alcançar a mesma repercussão que sua composição acima. Nesse ano aconteceu a histórica jam session informal entre Carl, Elvis, Johnny Cash e Jerry Lee no estúdio da Sun. Sam Phillips aproveitou o clima amistoso do encontro e gravou a sessão, que foi vendida anos mais tarde como The Million Dollar Quartet.

Em 1957, Carl saiu da Sun e foi para a Columbia Records, porém sem o mesmo sucesso de antes. Embora muita gente pene que ele se retirou do cenário após essa infrutífera passagem pela Columbia, de 1959 a 1963 ele continuou fazendo muitos shows pelo meio-oeste dos EUA. Também fez uma turnê à Alemanha, então um caloroso público para os artistas da Primeira Onda do Rock and Roll. Em 1964, fez uma turnê conjunta com Chuck Berry no Reino Unido, tendo como banda de apoio The Animals. Mal sabia ele que os jovens britânicos veneravam sua música, especialmente um certo quarteto de Liverpool, que naquela altura já tinha conquistado o mundo com seus três álbuns já gravados. Os Beatles estavam no estúdio gravando seu quarto álbum, “Beatles For Sale”, que continha dois covers do mestre, “Honey Don’t” e “Everybody’s Tryin’ To Be My Baby”. Haviam gravado Matchbox para um EP algum tempo antes. Essas três músicas sempre fizeram parte do set list dos Fab4. Reza a lenda que Carl esteve presente durante as sessões do disco e Ringo havia perguntado se podia cantar “Honey Don’t,” no que o cantor respondeu “Vá em frente, cara, você consegue!”

Durante os anos 60, fez parcerias com seu velho camarada Johnny Cash e com Bob Dylan, com quem co-escreveu “Champignon, Illinois”, depois que o conheceu no programa de TV de Cash, “The Johnny Cash Show” em 1969. A música saiu no álbum “Nashville Skyline” de Dylan. Consta que Bob tinha escrito a primeira estrofe e Carl fez umas improvisações em cima da composição, finalizando-a. Contente com o resultado, o Bardo disse a Perkins: “Sua canção. Pegue. Finalize.” Em 1970, ele compôs o Gospel “Rise and Shine” para o irmão Tommy Cash, música que ficou bem colocada nos charts evangélicos dos EUA.

Em 1981, participou do álbum Tug of War do pupilo Paul McCartney, onde fez um dueto em “Get It”. Na década de 1980, houve um incrível revival do Rockabilly graças aos Stray Cats. Carl e outros nomes do estilo voltaram á crista da onda e conquistaram uma nova geração de fãs. Em 1982, gravou com os chegados Jerry Lee Lewis e Johnny Cash o álbum “The Survivors”. Em 1985, o mestre se reuniu com alguns de seus pupilos como George Harrison, Ringo Starr, Eric Clapton, Dave Edmunds, Lee Rocker e Roseanne Cash (filha de Johnny Cash) num especial televisivo chamado “Blue Suede Shoes: A Rockabilly Session”. Nesse ano, foi agraciado com sua entrada no Nashville Songwriters Hall of Fame. Em 1986, juntou-se aos camaradas Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Roy Orbison para gravar o álbum “Class of 55”. No ano seguinte foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e Rockabilly Hall of Fame. Seu clássico Blue Suede Shoes ganhou a honraria Grammy Hall of Fame Awards e opassou a figurar entre as 500 Canções que Revolucionaram o Rock and Roll.

Em 1990, voltou aos estúdios da Sun Records para gravar com Scotty Moore, legendário guitarrista que atuou com Elvis nos primórdios para o álbum “706 ReUNION”, lançado pela Belle Meade Records, que também apresentava D.J. Fontana (legendário baterista que também havia tocado com Elvis), Marcus Van Storey e os Jordanaires (grupo vocal que acompanhou o Rei do Rock). Em 1993, tocou com os Kentucky Headhunters num video clipe de “Dixie Fried”, clássico de Perkins filmado em Glasgow, Kentucky. No ano seguinte, uniu forças com o legendário guitarrista Duane Eddy e os Mavericks tocando o clássico “Matchbox” para o álbum beneficente contra a AIDS “Red Hot + Country”, produzido pela Red Hot Organization. Seu derradeiro álbum, “Go Cat Go!”, lançado pelo selo independente Dinosaur Records em 1996, contou com duetos entre o Rei do Rockabilly e feras como Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, além de Bono Vox, Johnny Cash, John Fogerty, Willie Nelson, Tom Petty e Paul Simon. Seu último grande concerto beneficente aconteceu no ano seguinte no Music for Montserrat no Royal Albert Hall em Londres em 15 de setembro.

Carl Perkins faleceu no dia 19 de janeiro de 1998, aos 65 anos no Jackson-Madison County Hospital em Jackson, Tennessee, vítima de um câncer na garganta e após ter sofrido vários derrames. Em seu funeral, compareceram amigos muito queridos como George Harrison, Jerry Lee Lewis, Wynonna Judd, Garth Brooks, Johnny Cash e June Carter Cash, entre outros. Ele foi enterrado no Ridgecrest Cemetery em Jackson.

Deixou um legado que continua sendo levado adiante por inúmeros guitarristas de Rockabilly, Country e Rock da nova geração e seu nome jamais será esquecido, graças à sua grande importância como músico e cantor pioneiro do Rock and Roll.

ALBUNS DE ESTÚDIO
Dance Album (1957)
Whole Lotta Shakin' (1958)
On Top (1969)
My Kind of Country (1973)
Ol' Blue Suede's Back (1978)
Country Soul (1979)
Disciple in Blue Suede Shoes (1984)
Born to Rock (1989)

ÁLBUNS EM COLABORAÇÃO
Boppin' the Blues (1970, with NRBQ)
The Survivors (1982, with Jerry Lee Lewis and Johnny Cash)
Class of '55 (1986, with Roy Orbison, Jerry Lee Lewis and Johnny Cash)
The Million Dollar Quartet (1990, with Elvis Presley, Jerry Lee Lewis and Johnny Cash)
706 Re-Union (1990, with Scotty Moore)
Carl Perkins & Sons (1993, with his sons Greg and Stan)
Go Cat Go! (1996, with various guest stars)

ÁLBUNS AO VIVO
The Carl Perkins Show (1976)
Live at Austin City Limits (1981)
The Silver Eagle Cross Country: Carl Perkins Live (1997)
Live (2000)
Blue Suede Shoes: A Rockabilly Session (2006)

ALBUNS GOSPEL
Cane Creek Glory Church (1979)
Gospel (1984)

COLETÂNEAS
Country Boy Dreams (1967)
Carl Perkins' Greatest Hits (1969)
Original Golden Hits (1969)
That Rockin' Guitar Man (1981)
Presenting Carl Perkins (1982)
Boppin' the New Bleus (1982)
Born to Boogie (1982)
The Heart and Soul of Carl Perkins (1983)
Carl Perkins (1985)
Original Sun Greatest Hits (1986)
Up Through the Years 1954–57 (1986)

Friends, Family & Legends (1992)