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segunda-feira, maio 15, 2017

ENCAIXOTANDO EM 8 CDS 3 PERFORMANCES INESQUECÍVEIS DOS ALLMAN BROTHERS TOCANDO EM CASA (ATLANTA, GA) EM 2004

por Chico Marques


Lembro bem da primeira vez que ouvi (e vi) a Allman Brothers Band.

Foi em 1974, numa performance ao vivo para o programa da TV americana “Don Kirshner’s Rock Concert” -- que aqui no Brasil era apresentado no ‘Sábado Som”, de Nelson Motta, na TV Globo.

Era uma banda enorme, com dois bateristas -- algo que eu nunca tinha visto antes --, e tocavam “One Way Out”, um bluesaço de Sonny Boy Williamson, de quem, diga-se de passafem, eu nunca tinha ouvido falar.

Gregg Allman era o líder. Cantava e tocava piano e harmonica, e sua voz lembrava um pouco a de Ray Charles. Já aquele lance de Gregg emparelhar os fraseados de sua harmonica com os fraseados da guitarra slide de seu parceiro Richard Betts... bom, aquilo era totalmente novo para mim -- que até então só ouvia bandas de hard rock truculentas e pouco sutis como Led Zeppelin, Deep Purple e Grand Funk Railroad.

Foi ali, com a Allman Brothers Band, diante da primeira TV a cores que apareceu na casa dos meus pais, que rolou o meu batismo com o blues. Não sabia ao certo o que era aquilo, mas era intenso, arrebatador e irresistível.



No final de semana seguinte, descobri na casa da minha prima Silvana dois álbuns duplos da banda: “The Allman Brothers Band Live At The Fillmore East” e "Eat A Peach", e os gravei em dois cassetes BASF C-90.

Adorei.

Ouvia o dia inteiro.

Pouco tempo depois, chantageei na cara dura minha querida mãe, que odiava meus cabelos enormes e queria porque queria que eu o cortasse no cabeleireiro dela -- uma bicha argentina muito antipática chamada Nestor.

Topei fazer a tosa em troca do álbum “Brothers & Sisters“, que acabara de aportar no balcão da Tremendão Discos, loja que ficava logo abaixo do prédio de apartamentos onde morávamos.

Desde então, os Allmans nunca mais saíram da minha vida.



Conforme fui conhecendo melhor o trabalho da Allman Brothers Band, pude entender o que fazia deles uma banda única dentro da cena musical americana da época.

Primeiro, eles eram da Geórgia, um Estado meio fora das rotas principais do blues negro e da country music branca, mas que tinha uma tradição em combinar de forma muito peculiar todas essas tradições musicais quase seculares.

Segundo, eles estavam na ativa desde meados dos anos 60, chegaram a fazer algum sucesso na cena da Califórnia com o nome Hourglass -- em dois LPs muito bons, que resistiram bem ao teste do tempo --, e estavam habituados a fazer jams prolongadas em shows de abertura para medalhões do rock psicodélico como The Doors e Quicksilver Messenger Service.

Por último, a sintonia fina entre Gregg Allman – ótimo compositor e arranjador – e seu irmão Duane – o guitarrista branco mais requisitado nos estúdios do Sul dos Estados Unidos naqueles tempos – abriam horizontes musicais ilimitados para a banda, que sempre contou com excelentes músicos.



Os Allmans eram atrevidos a ponto de flertar abertamente com temas de jazz ao mesmo tempo em que mesclavam todos os elementos country, folk e blues que pegavam pela frente.

Apesar de serem musicalmente inigualáveis, tiveram seu formato musical copiado por inúmeras outras bandas que gravavam para a mesma Capricorn Records, da qual eram contratados -- mas nunca com o mesmo sucesso e com a mesma grandeza musical.

O caso é que por melhor que fosse o trabalho desenvolvido nos Anos 70 por bandas como Lynyrd Skynyrd, Marshall Tucker Band, Grinderswitch, Ozark Mountain Daredevils, Outlaws e Wet Willie, nenhuma delas tinha estofo musical para conseguir emparelhar com os Allmans, mesmo nos momentos menos expressivos de sua carreira.



Tragédias pessoais, como as mortes de Duane Allman e do baixista Berry Oakley em acidentes de motocicleta em 1971 e 1972,  – situaram a Allman Brothers Band naquele mesmo cenário sulista mítico e trágico dos romances de Williams Faulkner.

Se por um lado essas “baixas” dificultaram bastante as coisas para eles em termos musicais, por outro resultaram na melhor promoção que poderiam conquistar perante a opinião pública.

É sempre bom lembrar que, naquele momento histórico, a morte estava por toda parte: o saldo de jovens americanos mortos no Vietnam beirava o intolerável e a continuidade da Guerra era praticamente insustentável.

Isso tudo fez com, apesar de todas as adversidades, a resistência exercida pela Allman Brothers Band na cena musical refletisse o espírito da América combalida com a derrota no Vietnam tentando se reerguer.



Pois eles souberam aproveitar essa oportunidade.

A capa do LP ‘Brothers and Sisters” (1973), com fotos de crianças brincando num gramado e arborizado num belo dia de sol, além de uma bela foto central com todos os integrantes sobreviventes da banda reunidos com suas mulheres, seus filhos e seus amigos, reflete bem esse sentimento que era comum a inúmeras famílias americanas.

 As dificuldades em manter o astral alto durante a gravação foram muitas. Mas eles conseguiram chegar ao final.

E hoje ninguém questiona o fato de que "Brothers & Sisters" é o melhor disco de estúdio gravado pela banda.



Incrivelmente popular ao longo dos anos 70, a Allman Brothers Band entrou nos anos 80 com o pé esquerdo.

A falência inesperada da Capricorn Records – da qual eram mais do que meros contratados, eram quase sócios – coincidiu com a saturação do chamado “rock sulista”.

A Allman Brothers Band até tentou se adequar às novas regras do mercado promovendo alterações drásticas em sua identidade musical, mas quebraram a cara em dois discos muito fracos, que venderam muito pouco, e levaram a banda a sair de cena, hibernar por uns tempos, e dar lugar a carreiras solo de seus integrantes.

Mas como nem os trabalhos solo de Gregg Allman, e nem os de Richard Betts, conseguiram decolar, a Allman Brothers não teve outra alternativa senão voltar ao batente no final dos anos 80.

Em princípio, para pagar as dívidas contraídas ao longo de quase uma década.



E então, a Allman Brothers Band voltou.

E voltou renovada, com um vigor surpreendente, promovendo um LP extremamente bom intitulado “Seven Turns”, com o reforço do então jovem e talentoso guitarrista Warren Haynes, que vinha da banda do cantor country David Allan Coe.

Daí em diante, os Allmans nunca mais perderam o rumo artístico.

Nunca mais gravaram discos irrelevantes como aqueles dos Anos 80.

Resgataram pouco a pouco todo o prestígio que tinham nos anos 70.

E não se deixaram abalar quando tiveram que demitir o guitarrista Richard Betts, membro fundador da banda, por atitudes pouco ou nada profissionais, e o substituíram pelo jovem (18 anos) guitarrista Derek Trucks, sobrinho do baterista Butch Trucks.

Era como se a banda tivesse o corpo fechado depois de tantas adversidades, e nada mais conseguisse abalar seus alicerces.



Da virada dos Anos 2000 para cá, os Allmans viraram a jam-band definitiva.

O gosto da banda pelos palcos e a habilidade em reinventar os mesmos números do repertório de uma apresentação para outra, mais o inegável fato de que se tornaram grandes anfitriões para amigos músicos que eram convidados para jam-sessions, fez deles a banda mais querida da América, arrebatando diversas gerações diferentes para ver seus shows -- algo que, até então, só o Grateful Dead conseguia viabilizar.

Daí, quando a Allman Brothers Band encerrarou atividades em 2014 devido à saúde frágil de Gregg Allman, que impedia a banda de excursionar, os guitarristas Warren Haynes e Derek Trucks agradeceram a todos os fãs por todo o apoio ao longo de todos esses anos, e deixaram claro que o espírito da Allman Brothers Band permaneceria vivo em suas bandas paralelas: Gov't Mule (power-trio de Haynes) e Tedeschi-Trucks Band (superbanda de Trucks com seu mulherão, a guitarrista de blues Susan Tedeschi).



Desde então, como não poderia deixar de ser, todo ano surge no mercado algum novo álbum duplo ou triplo ao vivo resgatando algum momento glorioso do passado dos Allmans.

Mas dessa vez, a Peach Records, selo do qual os ex-integrantes da banda são sócios, resolveu chutar o balde.  

Acaba de lançar "The Fox Box”, uma caixa com 8 cds apresentando a íntegra dos 3 shows que a banda fez no Fox Theatre em Atlanta, em 2004, para celebrar o lançamento do ótimo "Hittin' The Note", o disco de estúdio derradeiro deles. 



Desnecessário dizer que o astral das performances em "The Fox Box" é altíssimo, que todos estão cantando e tocando extremamente bem, que o vasto repertório da banda se espalha de forma deliciosa por quase 10 anos de música, e que mesmo aqueles números que se repetem nos setlists de uma noite para outra, reaparecem sempre com roupagens bem diferentes. "Dreams", por exemplo, apresenta cada noite solos de um membro diferente da banda. Mas é assim mesmo: quando uma banda tem tesão pelo palco, esse tipo de coisa acontece naturalmente.

"The Fox Box" é uma excelente pedida para quem quiser guardar uma recordação bem legal da Allman Brothers Band ao vivo em seus últimos anos de vida, compondo com os excelentes álbuns clássicos "Live At The Fillmore East" (1971), "Wipe The Windows, Check The Oil, Dollar Gas" (1977), "Live At Great Woods" e os dois volumes de "An Evening With The Allman Brothers Band" (1994-1995).

Sem contar que é bem superior em termos de qualidade de performance aos festejados shows realizados no Beacon Theatre em Nova York.

Por mais que eles gostassem da Big Apple, aqui a velha banda está tocando em Atlanta, Georgia -- ponto de partida de toda a longa aventura que viveram juntos por quase 50 anos.

E, convenhamos: mesmo para uma banda dura na queda como os Allmans, não há lugar como o lar.




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CHICO MARQUES
é comentarista,
produtor musical
e radialista
há mais de 30 anos,
e edita a revista cultural
LEVA UM CASAQUINHO
e o blog musical
ALTO & CLARO 


quinta-feira, abril 14, 2011

O ETERNO RETORNO DOS ALLMAN BROTHERS NAS NOVAS AVENTURAS MUSICAIS DE GREGG ALLMAN E WARREN HAYNES (por Chico Marques)

Lembro bem da primeira vez que ouvi (e vi) a Allman Brothers Band. Foi em 1973, numa performance ao vivo para o programa da TV americana “Don Kirshner’s Rock Concert” -- que aqui no Brasil era apresentado como ‘Sábado Som” por Nelsinho Motta na TV Globo. Era uma banda enorme, com dois bateristas, algo que eu nunca tinha visto antes, e tocavam “One Way Out”, um bluesaço de Sonny Boy Williamson, de quem eu nunca tinha ouvido falar. Gregg Allman cantava e tocava piano e harmonica. Lembrava uma pouco Ray Charles no jeito de cantar. Já aquele lance de dobrar o som de sua harmonica com o da guitarra slide de seu parceiro Richard Betts era totalmente novo para mim -- que até então só ouvia bandas de hard rock como Led Zeppelin, Deep Purple e Grand Funk Railroad. Foi ali que rolou o meu batismo com o blues. Não sabia direito o que era aquilo, mas era intenso, arrebatador e irresistível. Naquele fim de semana mesmo, descobri na casa da minha prima Silvana o álbum duplo “The Allman Brothers Band Live At The Fillmore East”, e o gravei numa saudosa fita cassete BASF C-90. E na segunda feira seguinte ao programa, comprei o álbum (também duplo) “Eat A Peach“, que acabara de chegar na loja de discos que ficava no térreo do prédio de apartamentos onde eu morava. Nunca mais os Allmans saíram da minha vida.

Conforme fui conhecendo melhor o trabalho da Allman Brothers Band, pude entender o que fazia deles uma banda única dentro da cena musical americana da época. Primeiro, eles eram da Geórgia, um Estado meio fora das rotas principais do blues negro e da country music branca, mas que tinha uma tradição em combinar de forma muito peculiar todas essas tradições musicais quase seculares. Segundo, eles estavam na ativa desde meados dos anos 60, chegaram a fazer algum sucesso na cena da Califórnia com o nome Hourglass -- em dois LPs muito bons, que resistiram bem ao teste do tempo --, e estavam habituados a fazer jams prolongadas em shows de abertura para medalhões do rock psicodélico como The Doors e Quicksilver Messenger Service. Por último, a sintonia fina entre Gregg Allman – ótimo compositor e arranjador – e seu irmão Duane – o guitarrista branco mais requisitado nos estúdios do Sul dos Estados Unidos naqueles tempos – abriam horizontes musicais ilimitados para a banda, que sempre contou com excelentes músicos. Eram atrevidos a ponto de flertar abertamente com temas de jazz ao mesmo tempo em que mesclavam todos os elementos country, folk e blues que pegavam pela frente. Sem dúvida, uma banda inigualável —apesar de seu formato ter sido copiado sem muito sucesso por inúmeras outras bandas que gravavam para a mesma Capricorn Records da qual eram contratados.

Tragédias pessoais – como as mortes de Duane Allman e do baixista Berry Oakley em acidentes de motocicleta em 1971 e 1972 – ajudaram a situar a Allman Brothers Band naquele mesmo cenário sulista mítico e trágico dos romances de Williams Faulkner, e, se por um lado, essas “baixas” dificultaram as coisas para eles em termos musicais, por outro resultaram na melhor promoção que poderiam conquistar perante a opinião pública – ainda mais naquele momento histórico, em que o saldo de jovens americanos mortos no Vietnam beirava o intolerável e a continuidade da Guerra era quase insustentável. A capa do LP ‘Brothers and Sisters” (1973) -- o melhor de todos os álbuns de estúdio da banda --, com fotos de crianças brincando diante de lápides num cemitério gramado e arborizado num belo dia de sol, reflete bem esse sentimento que era comum a muitas famílias americanas.

Incrivelmente popular ao longo dos anos 70, a Allman Brothers Band entrou nos anos 80 com o pé esquerdo. A falência inesperada da Capricorn Records – da qual eram mais do que contratados, quase sócios – coincidiu com a saturação do chamado “rock sulista”. O grande público estava cansado de tantos Lynyrd Skynyrds e Marshall Tucker Bands, e daí acabou sobrando também para a Allman Brothers Band. Tentaram se adequar às novas regras do mercado, quebraram a cara em dois discos muito ruins, e então acharam por bem colocar a banda para hibernar por uns tempos. Mas, como as carreiras solo de Gregg Allman e Richard Betts não decolaram, a Allman Brothers voltou ao batente no final dos anos 80 com um LP muito bom – “Seven Turns” – e o reforço de um jovem e talentoso guitarrista chamado Warren Haynes, que era o braço direito do cantor country David Allan Coe. Daí em diante, eles nunca mais perderam o rumo artístico, resgatando todo o prestígio que tinham nos anos 70. Prestígio que se consolidou ainda mais no final dos anos 90, quando Gregg demitiu o encrenqueiro guitarrista veterano Richard Betts e o substituiu pelo jovem Derek Trucks -- sobrinho do baterista Butch Trucks – que, assim como Warren Haynes -- que comanda o power trio Gov´t Mule --, mantém uma carreira paralela extremamente bem sucedida.

Consolidada nos palcos, e agora sem a obrigação de lançar álbuns de estúdio com material inédito a cada dois anos, a Allman Brothers Band pode enfim permitir a seus integrantes dedicarem-se a projetos solo segmentados e independentes, sem a velha preocupação de ter que emplacar no Top 50 da Billboard, ou coisa que o valha. Gregg Allman e Warren Haynes já vem fazendo isso há alguns anos, e acabam de fazer novamente. E em grande estilo.



Gregg está simplesmente sensacional em “Low Country Blues”, seu primeiro LP assumidamente de blues, repleto de clássicos do gênero em releituras muito inspiradas. Aos 64 anos de idade, ele acaba de sobreviver a uma cirurgia de transplante de fígado, e está com a voz um pouco mais fraca do que antes, mas, segundo seu produtor T-Bone Burnett, perfeita para cantar esse repertório. Com uma banda de apoio que inclui Dr. John no piano e Doyle Bramhall II na guitarra, além do baixista Dennis Crouch e do baterista Jay Bellerose, Gregg não nega fogo em momento algum e nos brinda com clássicos de Sleepy John Estes, Muddy Waters, Bobby Bland, B B King, Otis Rush e outros artistas que ajudaram a forjar sua persona musical. A única canção original do disco – “Just Another Rider”, parceria dele com Warren Haynes – não só serve para justificar sua profissão de fé e a razão de ser desse trabalho, como certamente deverá constar do repertório da próxima tournée tournée americana da Allman Brothers Band. Aliás, a Allman Brothers Band volta no próximo dia 10 de Maio ao Beacon Theater, em Nova York, para mais uma maratona anual de shows seqüenciais em seu palco favorito. Ano passado, eles tiveram que quebrar a tradição e cancelar a temporada, por conta da hepatite C e do transplante de fígado de nosso herói Gregory Lanoir Allman. Mas, neste ano, nada impede nossos rapazes sulistas de pisar naquele palco novamente.



Já Warren Haynes, aos 50 anos de idade, resolveu dar uma sacodida em sua carreira. “Man In Motion” é seu quinto LP solo, mas soa como se fosse seu trabalho de estréia, de tão coeso que é em termos musicais. Para surpresa geral, ele seguiu na contramão de tudo o que ele produziu à frente do Gov´t Mule nesses anos todos. Fugiu das jams intermináveis e se afirmou como cantor, compositor, arranjador e também produtor, alternando ótimos números de rhythm & blues com baladas soul muito inspiradas, todas de sua autoria – com exceção de “Everyday Will Be Like Holiday”, de William Bell. A banda que o acompanha nesse projeto é um estouro: George Porter Jr. (The Meters) no baixo, Ivan Neville (Neville Brothers) nos teclados, Raymond Webber na bateria, Ian McLagan ao piano, Don Hathaway no sax tenor, e ainda a cantora Ruthie Foster. Os fãs mais radicais do Gov´t Mule talvez torçam o nariz para a leveza e o swing implacáveis de “Man In Motion”. Paciência, não se pode agradar a todos. Mas os fãs da Allman Brothers Band com certeza vão aprovar sua nova aventura musical. O fato é que Warren Haynes passou toda a infância ouvindo Lps da Stax Volt Records e da Hi Records, e sempre teve como meta um dia poder gravar um LP de soul music bem pedestre, como os que vinham de Memphis, Tennessee nas décadas de 60 e 70. O trabalho que ele realizou aqui, em ‘Man In Motion”, vai direto nessa veia, e é nada menos que primoroso.

Enfim, esses são mais dois capítulos vitais na longa e rica história da Allman Brothers Band, uma grande banda americana que já passou por muitas e boas, e que, com um pouco de sorte, ainda há de ter combustível para queimar por mais uns bons anos.

Que a estrada seja sempre leve e gloriosa para eles.




HIGHLIGHTS
GREGG ALLMAN- "LOW COUNTRY BLUES"









ENTREVISTA
GREGG ALLMAN





HIGHLIGHTS
WARREN HAYNES - "MAN IN MOTION"