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terça-feira, janeiro 19, 2016

2 OU 3 COISAS SOBRE "FIRST COMES THE NIGHT", NOVO LP DO SURFISTA MELANCÓLICO CHRIS ISAAK


Quando surgiu na cena musical de Los Angeles, correndo de rádio em rádio com seu primeiro LP "Silvertone" em baixo do braço, Chris Isaak esbanjou simpatia e, com isso, foi saudado de imediato por todos no meio musical como um curioso mix entre o visual de Ricky Nelson, a voz de Roy Orbison e a guitarra "twangy" de Duane Eddy.

Isaak chegou com a corda toda, mesclando sonoridades revisionistas da Sun Records com os "pet sounds" californianos dos Anos 60, alternando seu jeitão de surfista vintage com uma atitude artística pós-modernosa -- sempre sob a tutela do veterano produtor Eric Jacobsen, co-responsável pelos sucesso de John Sebastian e de Tim Hardin nos anos 60.

Chris Isaak fez um bom número de amigos pela América com seus dois primeiros discos, mas só foi cair no gosto do grande público no terceiro, "Heart Shaped World", de 1989, quando emplacou a canção "Wicked Game" nas paradas do mundo inteiro -- aqui no Brasil inclusive.

Desnecessário dizer que sua carreira paralela como ator em filmes como "O Silêncio dos Inocentes" de Jonathan Demme e "Coração Selvagem" de David Lynch ajudaram bastante na sedimentação de sua imagem de astro pop múltiplo, fazendo dele uma espécie de "instant darling" daquele final de década.



Nos últimos 25 anos, no entanto, Chris Isaak nunca mais conseguiu repetir o sucesso daquele momento.

Soube administrar bem sua carreira, alternando música e cinema com um talk-show chamado "The Chris Isaak Hour" que fez por uns tempos no Biography Channel, e fugindo sempre que possível daquela armadilha clássica que faz do artista um prisioneiro de fórmulas que deram certo tempos atrás.

Mas sempre que sentiu que sua carreira ameaçada a entrar em baixa, Chris Isaak não hesitou em retomar sua persona "mezzo Ricky Nelson com Roy Orbison, mezzo Duane Eddy" para reencontrar seu público cativo e assim seguir em frente com sua carreira.



"First Comes The Night" (um lançamento Vanguard-Wicked Game Records) é o 13º álbum de estúdio de Chris Isaak em 30 anos de carreira.

Quer saber se traz grandes novidades?

Não, não traz.

Não muitas, pelo menos.

Mas na medida que há seis anos Chris Isaak não nos brindava com um disco com canções inéditas, isso por si só já faz de "First Comes The Night" um acontecimento musical digno de ser devidamente saudado.

 Gravado em Nashville, bem longe do mar, e produzido por Paul Worley (Dixie Chicks, Lady Antebellum, Martina McBride), Dave Cobb (Jason Isbell, Sturgill Simpson, Shooter Jennings) e seu velho amigo Mark Needham, "First Comes The Night" segue em sintonia fina com o espírito de seus discos clássicos, só que mais pelo viés das composições do que pela musicalidade revisionista.

É um disco um pouco menos praiano que seu trabalho habitual, mas tão colorido e climático quanto, trazendo um cardápio de doze canções marcantes e perfeitamente assoviáveis, que vão das baladas românticas sempre infalíveis a rocks estilosos e números country híbridos que são, no mínimo, cativantes.

"The Way Things Really Are", por exemplo, é um número composto e levado no piano -- coisa rara nos discos de Isaak, sempre movidos por guitarras.

"Down in Flames", uma canção difícil de classificar, ostenta um beat muito curioso e bastante incomum em seu repertório.

Já "Perfect Lover"  vem pontuada por uma levada meio rockabilly, meio mariachi que é simplesmente irresistível -- a trilha sonora perfeita para uma escapada de fim de semana em Tijuana.

E tem ainda as divertidas "Baby What You Want Me to Do" and "Don't Break My Heart", que parecem ter fugido de um daqueles filmes duvidosos de Elvis Presley rodados na década de 60, como "Carrossel de Emoções" e "Loiras Morenas e Ruivas".

Claro que sempre é bom ter um single poderoso puxando execução nas rádios, e a faixa-título é simplesmente perfeita para exercer essa função. Trata-se de um número poderoso, que evoca "Wicked Game" e é a cara de Chris Isaak -- ou ao menos, a cara que o grande público se habituou a associar a ele.




Apesar de "First Comes The Night" alternar números inusitados com canções sob medida para agradar em cheio ao fã habitual de Mr. Isaak, não se pode dizer que seja um LP que eleve o trabalho dele a um novo patamar artístico.

É um disco de manutenção de carreira, visando sua sobrevivência na cena independente e a manutenção de sua reputação de roqueiro baladeiro romântico.

"First Comes The Night" é um belo disco, reforça sua persona cool e o reafirma como um ótimo compositor e um artista pop bastante relevante.

O que mais um veterano da cena pop, com 30 anos de carreira pregressa e uns tantos outros pela frente, pode desejar nos dias de hoje?



WEBSITE OFICIAL
http://www.chrisisaak.com/

DISCOGRAFIA COMENTADA
http://www.allmusic.com/artist/chris-isaak-mn0000775323/discography

AMOSTRAS GRÁTIS







 


segunda-feira, julho 04, 2011

A VOLTA TRIUNFAL DE UM ALTO SACERDOTE DA GUITARRA E QUATRO DE SEUS APÓSTOLOS MAIS APLICADOS (por Chico Marques)


De todos os formatos que o rock and roll vem experimentando desde 1955, o mais menosprezado deles é, sem dúvida alguma, o rock instrumental.

Ele surgiu numa grande febre musical que durou entre 1958 e 1963, bem no momento de entressafra entre a primeira e a segunda gerações do rock and roll, quando as figuras mais lascivas da cena roqueira americana foram retiradas da cena uma por uma pelas forças conservadoras.

Como todos devem lembrar, só Elvis Presley foi preservado – e mandado para a Coréia, para fazer de conta que estava lutando pela pátria.

Chuck Berry foi em cana por fraude no Imposto de Renda. Jerry Lee Lewis, execrado pela opinião pública por pedofilia depois de casar-se com sua prima de 13 anos de idade. E Little Richard... bem, Little Richard foi “convidado” a parar de dar “mau exemplo” às novas gerações com sua conduta escancaradamente afeminada, e virou o pastor batista mais bipolar e escandaloso da história na cena musical gospel.

Apesar de tudo isso, esse breve período entre 1958 e 1963, em que números instrumentais conseguiam emplacar nos primeiros postos da Billboard, foi de uma riqueza musical ímpar, apesar de pouco lembrado pelos historiadores do rock and roll.

Bandas instrumentais que até então eram comandadas por pianistas ou saxofonistas, de uma hora para outra passaram a ter guitarras na linha de frente e viraram febre nacional. De repente, toda cidade em qualquer canto do país tinha a sua, e elas serviam tanto como “bandas cavalo” para cantores de diversos gêneros diferentes que se apresentassem pela cidade quanto como bandas para animar festas dos mais diversos tipos.

Foi nessa onda que surgiram em cena grupos de destaque nacional como Johnny & The Hurricanes e The Ventures e músicos geniais como Link Wray e Duane Eddy, que influenciaram todos os guitarristas daquela época – vide os discos instrumentais de artistas de blues insuspeitos como Freddie King e Albert Collins do início dos anos 1960 – e desencadearam a febre da surf music instrumental através de grandes bandas como Dick Dale & The Del-Tones e The Surfaris.

De todos esses pioneiros do rock instrumental, o mais bem sucedido foi, sem dúvida, Duane Eddy, que emplacou quase 20 singles no Top 40 da Billboard popularizando o “twang” – jeito de tocar guitarra muito peculiar, usando o “tremolo” no uso contínuo das três cordas superiores para assim criar um som envolvente e hipnótico.

Apesar de ter sido engolido pelo advento dos Beatles, dos Rolling Stones e de tudo mais que veio na segunda metade dos anos 60, a verdade é que o rock instrumental nunca morreu.

Seu legado permanece vivo nas palhetas da maioria dos guitarristas do sul dos Estados Unidos -- particularmente dos que vivem nos estados que fazem fronteira com o México.

Vamos trazer hoje para vocês cinco guitarristas especialistas em twang.

Dois – Jimmie Vaughan e Jimmy Thackery – com uma ligação muito intensa com esse formato musical, apesar de serem músicos extremamente versáteis e difíceis de classificar.

Outros dois – Tab Benoit e Tommy Castro – com uma relação menos estreita, mas com uma afinidade muito respeitosa por todo esse legado musical.

E, para completar o quadro, temos também o disco de retorno do lendário Duane Eddy. O primeiro depois de mais de duas décadas sem entrar num estúdio de gravação.

Vamos a eles:




















JIMMIE VAUGHAN
PLAYS MORE BLUES, BALLADS AND FAVORITES
Como guitarrista, Jimmie Vaughan é a delicadeza em pessoa – o extremo oposto de seu turbulento irmão, Stevie Ray. Econômico nos ataques, craque no “twang” e sempre contundente no stacatto em sua Telecaster, ele se destacou, juntamente com o cantor e gaitista Kim Wilson, à frente dos Fabulous Thuderbirds em 4 discos espetaculares para o selo inglês Chrysalis gravados entre 1979 e 1982 – que não venderam quase nada fora do Texas e da Inglaterra, mas fizeram da banda os queridinhos da crítica dos dois lados do Atlântico. Sobreviveram na míngua, sem contrato com nenhuma gravadora, entre 1983 e 1986 – justamente o período em que Stevie Ray explodiu nacionalmente com 3 discos de blues rock de altíssima combustão. Resultado: Stevie Ray acabou fornecendo o passaporte para o retorno de Jimmie e dos TBirds num disco explosivo chamado “Tuff Enuff”, produzido pelo guitarrista inglês Dave Edmunds, que, para surpresa geral, vendeu mais de um milhão de cópias e levou a banda finalmente ao estrelato. Pena que, com o estrelato, tenha vindo junto a obrigação de fazer discos que vendessem mais ainda que "Tuff Enuff", e que fossem cada vez menos aventurescos musicalmente. Então, em 1989, logo após a morte do irmão Stevie Ray num acidente de helicóptero, Jimmie decidiu cair fora da banda e tentar uma carreira solo. E que carreira solo! Gravou apenas 6 discos desde então, um melhor que o outro, mesclando blues, rock and roll e country music à moda do Texas em projetos aparentemente descompromissados – como esse “Jimmie Vaughan Plays More Blues, Ballads and Favorites” --, onde se revela um excelente band leader em uma banda que lembra uma versão extendida dos Fabulous Thunderbirds, só que com muitos metais. Não é o tipo de disco que vá agradar aos fãs do beat desgovernado de Stevie Ray, com o Double Trouble correndo atrás dele o tempo todo. Mas vai agradar em cheio aos que gostam de rock and roll tocado com muita malandragem e com uma sintonia muito fina entre todos os músicos envolvidos. Ouçam Jimmie Vaughan e entendam porque o Texas produz a melhor música de beira de estrada do mundo.




















JIMMY THACKERY & THE DRIVERS

FEEL THE HEAT
Jimmy Thackery é um velho conhecido de todos nós. Depois de passar os anos 1970 e 1980 defendendo o posto do guitarrista do grupo de roadhouse blues The Nighthawks em exatos 20 LPs, ele decidiu se aventurar à frente de seu próprio power trio, The Drivers -- que sempre teve uma ótima acolhida de público mas nunca conseguiu entusiasmar a crítica, que o achava um guitarrista exagerado e um cantor deficiente. Pois essas críticas parecem ter incomodado Thackery a ponto dele rever algumas de suas posturas musicais. Começou a compor canções que exigissem mais dele como cantor e tratou de reduzir o tempo dos números para poder contracenar melhor com os músicos de sua banda. Desde então, Thackery produziu dois LPs muito bons, “Solid Ice” (2007) e “Inside Tracks” (2008), com os quais esse “Feel the Heat” forma uma trinca impecável. Claro que isso não o impede de, vez ou outra, atacar com números instrumentais deliciosos como “Hang Up & Drive”, que lembra um pouco “Scuttle Bootin´”, de Stevie Ray Vaughan com o Doublé Trouble, e também nos remete de volta aos anos de ouro dos Nighthawks. "Feel The Heat" traz também momentos acústicos bem aventurescos como “Take My Blues” e números repletos de twang, à moda de seu herói musical Duane Eddy, como “Bluephoria”. Trocando em miúdos: é mais uma bela demonstração de música americana de beira de estrada de primeira, onde blues, rockabilly, jazz, bebop, and surf music se misturam sem fazer a menor cerimônia.




















TAB BENOIT

MEDICINE
Quando Tab Benoit lançou seu primeiro LP, “Nice & Warm, quase 20 anos atrás pelo selo independente texano Justice Records, todo mundo que ouviu percebeu logo de cara que estava diante de um artista original, e não apenas mais um guitarrista espalhafatoso brigando pela vaga de guitarrista mais rápido do Oeste deixada em aberto com a morte prematura de Stevie Ray Vaughan. Seu mix de blues, rock and roll e cajun music era de uma intensidade incomum, e sua atitude como músico era incansável, tocando 300 noites por ano tanto em cidades grandes quanto cidades pequenas, e sempre se colocando à disposição de qualquer pequena emissora de rádio que se dispusesse a abrir algum espaço para ele. Com isso, seu discos começaram a alcançar facilmente a marca de 50 mil cópias vendidas -- nada mal para um artista independente -- e os grandes selos começaram a crescer o olho nele. Mas Tab Benoit preferiu permanecer independente. Gravou LPs ótimos para a Vanguard, Rykodisc e agora para a Telarc Blues, sempre com controle artístico completo sobre seu trabalho. “Medicine” é seu primeiro disco de estúdio em quatro anos, depois de se dedicar intensamente à sua ONG “Voice Of The Wetlands”, criada para angariar fundos para as regiões da Louisiana mais afetadas pelo Furacão Katrina e ajudar a recuperá-las sem desfigurar suas feições originais – Benoit é da cidade de Houma, a 50 kilômetros de New Orleans. Pois aqui em "Medicine" ele une forças ao guitarrista e também compositor Anders Osborn, e os dois convocam músicos de primeira como o tecladista Ivan Neville (dos Neville Brothers), o violinista Michael Doucet (do Beausoleil) e o baterista Brady Blade, desfilando um repertório que comporta praticamente todas as variantes musicais do Deep South americano -- do soul rasgado de “Next To Me” e “Sunrise”, passando pelo cajun impecável de “Can´t You See” e “Mudboat Melissa” para desaguar na hendrixiana faixa título. Sempre esbanjando toneladas de swing, tanto nos vocais quando na guitarra. Para quem ainda não conhece Tab Benoit, “Medicine”, é tanto um excelente ponto de partida quanto um destino sem a menor contra indicação.




















TOMMY CASTRO

PRESENTS THE LEGENDARY RHYTHM & BLUES REVUE LIVE!

Quando o ótimo cantor e guitarrista Tommy Castro comemorou seus 10 anos de carreira solo com o disco “Live At The Fillmore” (2000), muita gente se impressionou com sua destreza em combinar o heavy blues acelerado de seu quarteto com intervenções intensas de uma sessão de metais totalmente endiabrada, com quatro honkers de primeira. O motivo desse estranhamento é que nem mestres como Philip Walker e Albert King ousavam trabalhar em uptempo com uma banda tão extensa, já que a chance de alguma coisa dar errado num improviso ou outro é sempre muito alta. Mas isso, pelo visto, nunca intimidou Tommy Castro, nascido há 55 anos em San José, Califórnia, e escolado musicalmente na gloriosa San Francisco, onde vive há mais de 30 anos. Depois de construir sua carreira na Blind Pig Records, Castro agora é uma das estrelas do elenco da Alligator Records, que decidiu que estava mais do que na hora dele repetir a dose daquele clássico disco ao vivo, só que agora com convidados ilustres que seguiram pipocando nos palcos de vários shows de sua última tournée – entre eles, Janiva Magness, Sista Mônica Parker, Debbie Davies, Rick Estrin e Joe Louis Walker. Deu nesse triunfal e irremediavelmente festivo “Tommy Castro Presents...”, uma dose cavalar de soul e blues acelerado de tirar o fôlego de qualquer um. Seu mentor artístico, o saudoso guitarrista Mike Bloomfield, deve estar orgulhoso de seu pupilo. Onde quer que esteja.




















DUANE EDDY
ROAD TRIP
O que dizer quando uma das figuras mais emblemáticas da era de ouro do rock and roll resolve gravar um disco depois de 24 anos de silêncio? Aos 72 anos de idade, Duane Eddy, grande herói da twang guitar da virada dos anos 1950 para os 1960, aceitou o convite do produtor inglês Richard Hawley e voou de Phoenix, Arizona, para Sheffield, Inglaterra, para gravar essa pequena obra prima chamada “Road Trip”. Totalmente instrumental, atemporalmente pop, é um disco tão delicado e adorável que vai despertar lágrimas na maioria dos guitarristas da cena atual – e isso inclui, claro, os quatro mencionados nos comentários anteriores. As canções do disco são novas. Mas são tão familiares que é como se as conhecêssemos a vida inteira. “Road Trip” é um seríssimo candidato a disco mais agradável do ano. Para quem não tem idéia da importância de Duane Eddy, ele foi, juntamente com Chuck Berry, o grande responsável pela popularização da guitarra elétrica no mundo inteiro no final dos anos 50. E é – e sempre vai ser – o grande mestre do twang – por mais que os fãs dos guitarristas rivais Link Wray e Al Casey insistam que não. Guardadas as devidas proporções, Duane Eddy está para o rock and roll assim como João Gilberto está para o samba. Tanto um quanto o outro operam no útero dos gêneros musicais que escolheram. Um privilégio que, definitivamente, não é para qualquer um.



DISCOGRAFIAS

LPs JIMMIE VAUGHAN
Strange Pleasure (1994)
Out There (1998)
Do You Get The Blues (2001)
Play Jimmy Reed (With Omar Kent Dykes 2007)
Plays Blues, Ballads & Favorites (with Lou Ann Barton 2010)
Plays More Blues, Ballads & Favorites (with Lou Ann Barton 2011)


LPs JIMMY THACKERY
Empty Arms Hotel (1992)
Sideways In Paradise (1993)
Trouble Man (1994)
Wild Night Out (1995)
Switching Gears (1998)
Partners In Crime (1999)
Sinner Street (2000)
We Got It (2002)
True Stories (2003)
Live (2004)
Healin´ Ground (2005)
In the Natural State (2006)
Solid Ice (2007)
Inside Tracks (2008)
Gotta Mind To Travel (2010)
Live In Detroit (2010)
Feel The Heat (2011)


LPs TAB BENOIT
Nice & Warm (1992)
What I Live For (1994)
Standing In the Bank (1995)
Live Swampland Jam (1997)
Homesick For The Road (1999)
These Blues Are All Mine (1999)
Wetlands (2002)
Whiskey Store (2002)
The Sea Saint Sessions (2003)
Whiskey Store Live (2004)
Fever For The Bayou (2005)
Voice Of The Wetlands (2005)
Brother To The Blues (2006)
Power Of the Pontchartrain (2007)
Night Train To Nashville (2008)
Medicine (2011)


LPs TOMMY CASTRO
No Footin´ (1994)
Exception To The Rule (1995)
Can´t Keep A Good Man Down (1997)
Right As Rain (1999)
Live At The Fillmore (2000)
Guilty Of Love (2001)
Gratitude (2003)
Triple Trouble (2003)
Soul Shaker (2005)
Painkiller (2007)
Hard Believer (2009)
Legendary Rhythm & Blues Revue Live! (2011)


LPs DUANE EDDY
Have Twangy Guitar Will Travel (1958)
Especially For You (1959)
The Twang´s The Thang (1959)
Songs Of Our Heritage (1960)
Girls! Girls! Girls! (1961)
Twangy Guitar, Silky Strings (1962)
Twistin´ & Twangin´ (1962)
Twistin´ With Duane Eddy (1962)
Duane Eddy In Person (1963)
Surfin´ (1963)
Twang A Country Song (1963)
Twangin´ Up A Storm (1964)
Lonely Guitar (1964)
Water Skiing (1964)
Duane A Go-Go (1965)
Duane Goes Dylan (1965)
Twangin´ The Golden Hits (1965)
Twangsville (1965)
The Biggest Twang Of All (1966)
The Roaring Twangies (1967)
Duane Eddy (1987)
Road Trip (2011)


PORTA-RETRATOS


“Fiquei muito tempo sem gravar porque tenho composto pouco nos últimos anos e ficava meio acanhado de sair gravando covers. Até que um amigo meu disse: Toque o tipo de música que você quer ouvir. Comecei a fazer isso e este já é meu terceiro disco em 3 anos.” (Jimmie Vaughan)


“De uns tempos para cá, sempre que chega o Inverno, me tranco em casa e saio compondo no Pro-Tools. Tenho conseguido fazer canções bem mais climáticas desde então, e meu repertório está mais aberto musicalmente. Compor no violão termina deixando tudo monocórdico demais. Estou evitando um pouco isso, e acho que está funcionando bem.” (Jimmy Thackery)


“Gosto de gravar ao vivo no estúdio, sem overdubs, sem frescuras, em no máximo 3 takes. Era assim que Lightning Hopkins e John Lee Hooker faziam, e funcionava às mil maravilhas. Como quem manda na minha carreira sou eu, é assim que eu vou pretendo seguir gravando meus discos.” (Tab Benoit)


“Comecei a entender o que era realmente o blues por volta de 1973 quando vi Mike Bloomfield falando de seu aprendizado como músico em Chicago e do prazer que sentiu quando tocou com B B King pela primeira vez. Comprei vários discos de B B King, comecei a ouvi-los sem parar e passei uns bons anos tentando imitá-lo. Nunca mais quis saber de ouvir guitarristas de rock.” (Tommy Castro)


“Ganhei meu primeiro violão quando tinha 5 anos de idade. Meu sonho de criança era ser Roy Rogers ou Gene Autry quando crescesse” (Duane Eddy)


“Eu devo ser um pesadelo para os empresários. Odeio viajar. Gosto de tocar aqui em Austin e redondezas. Gravo o que eu quero e lanço os discos por selos independentes. Além do mais, sou tímido e não tenho paciência para me autopromover. Eles devem me achar um chato”. (Jimmie Vaughan)


“Depois de muitos anos usando apenas a minha boa e velha Fender Stratocaster, decidi começar a usar também uma Gibson Firebird de 50 anos atrás. É uma guitarra admirável. Por muito tempo fiquei sem entender que prazer Johnny Winter tinha em tocar nela. Agora eu sei.” (Jimmy Thackery)


“Meu background musical é totalmente eclético. Sempre gostei de blues, soul, country music e cajun na mesma proporção. Acho que esse equilíbrio se reflete na música que eu faço.” (Tab Benoit)


“Fico feliz em ser reconhecido como um cantor e guitarrista na cena do blues, mas confesso que gostaria de ser um compositor capaz de fazer canções que muita gente quisesse gravar. Estou estudando composição, tentando me aperfeiçoar nisso, e juro que no diaem que isso acontecer – se isso acontecer – eu serei um artista realizado” (Tommy Castro)


“O dia mais feliz da minha vida foi quando, depois de um show, B B King, que eu não conhecia pessoalmente, apareceu no meu camarim e me deu um abraço.” (Duane Eddy)


AMOSTRAS GRÁTIS














terça-feira, maio 17, 2011

SENHORAS E SENHORES... TODD RUNDGREN


“Quando criança, adorava ouvir os discos da Boston Pops Orchestra da minha mãe. Eram lindos, feitos de vinil colorido, eu gostava de vê-los girando no toca-discos. Mais adiante vieram Duane Eddy e os Beatles e viraram minha vida de ponta cabeça. Comecei a ouvir todo tipo de música daí em diante.”


“Quando os Beatles explodiram, todo jovem aspirante a músico que tivesse 3 amigos na mesma condição tratou de montar uma banda também. Foi assim que surgiu o Nazz, em 1966, em plena Philadelphia, um oceano distante da Swinging London.”


“Apesar de Hello, It´s Me parecer influenciada por Paul McCartney, na verdade ela foi moldada a partir de uma gravação de Jimmy Smith para When Johnny Comes Marching Home, e só depois é que ganhou aquela maquilagem pop.”


“Deixei o piano de lado e voltei a tocar guitarra no palco o tempo todo depois de uma tournée que fiz com Joe Jackson, que é um excelente pianista. Confesso que fiquei envergonhado de me achar no direito de tocar mal em público o mesmo instrumento que ele toca maravilhosamente bem. Acho que fiz a coisa certa.”


“Sempre tive uma facilidade muito grande para compor. Componho sempre muito rápido. No início, as canções sempre acabavam ficando com a cara de outros compositores. Então, um dia, comecei a fumar maconha durante o processo de criação, e a partir daí minhas canções finalmente começaram a ficar com a minha cara. Até hoje não consigo entender como foi que isso aconteceu, mas fico muito feliz que tenha acontecido.”



LPS TODD RUNDGREN
Nazz 1 (1968)
Nazz 2 (1969
Nazz 3 (1970)
Runt (1970)
The Ballad Of Todd Rundgren (1971)
Something Anything (1972)
A Wizard, A True Star (1973)
Todd (1974)
Todd Rundgren´s Utopia (1974)
Initiation (1975)
Faithful (1976)
Hermit Of Mink Hollow (1978)
Back To The Bars (1978)
Healing (1981)
The Ever Popular Tortured Artist (1983)
A Capella (1985)
Nearly Human (1989)
Second Wind (1991)
No World Order (1993)
No World Order Lite (1994)
The Individualist (1995)
With A Twist (1997)
Up Against It (1998)
Live In Chicago 91 (1999)
One Long Year (2000)
King Biscuit Flower Hour (2000)
Live (2001)
Liars (2004)
Arena (2008)
Johnson (2011)

WEBSITE OFICIAL
http://www.tr-i.com/