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quarta-feira, novembro 13, 2013

TONY JOE WHITE SAÚDA LOUISIANA RED E SAI NADANDO DE BRAÇADA NO "SWAMP-BOOGIE"


Assim como Elvis Presley, Tony Joe White tem sangue cherokee e sempre foi inquieto por natureza.

Poderia ter-se contentado em ser um dos compositores mais disputados do eixo Nashville-Memphis dos anos 60, autor de "Willie and Laura Mae Jones" (gravada por Dusty Springfield), "Rainy Night In Georgia" (gravada por Brook Benton) e "Polk Salad Annie" (gravada por Elvis), entre muitas outras grandes canções.

Mas não.

Ele queria mais.

E aproveitou a onda de singer-songwriters que estava nascendo -- além de sua semelhança física e vocal com Elvis -- para lançar-se como artista solo.

Indicado pelo amigo Kris Kristofferson, conseguiu em 1969 um contrato para gravar dois discos para a Monument Records.

Em pouco tempo, seu registro de tenor e seu jeito de cantar intenso e acolhedor ao mesmo tempo revelou o que muita gente já sabia: sua voz era o veículo perfeito para suas canções.

O sucesso inicial na Monument o levou naturalmente a um contrato bastante vantajoso para 3 LPs com a Warner Bros, que o queria a qualquer custo no seu time de compositores.

Mas, estranhamente, seus discos na Warner, apesar de ótimos, não tiveram a mesma recepção de público, e então, em 1974, Tony Joe White estava sem gravadora, e com sua carreira completamente à deriva numa cena musical que já não queria mais saber de artistas com o perfil dele -- daí, o jeito foi seguir em frente trabalhando como compositor de aluguel em Nashville.

Só 15 anos mais tarde, em 1989, Tony Joe White ressurgiu -- graças à velha amiga Tina Turner, que o chamou para compor 4 canções e tocar guitarra em seu LP "Foreign Affair".

De 1990 para cá, Tony Joe White foi aos poucos reassumindo com todas as honras seu lugar de direito na cena do "swamp-boogie", uma modalidade musical que mescla blues com todo aquele molho musical da sua Louisiana natal.

Calejado, passou a medir melhor seus passos e a querer menos -- até porque descobriu a duras penas que, muitas vezes, menos é mais.

Vem gravando discos para selos independentes, ganhando prêmios com bastante frequência e fazendo tournées low-profile pela América, Europa e Japão.


"Hoodoo", seu mais recente trabalho, é o primeiro para o selo Yep Roc, e é o mais blueseiro de seus discos recentes.

O caso é que Tony Joe White sempre teve um respeito muito grande pelo grande bluesman Louisiana Red, falecido ano passado, e nunca teve chance de expressar isso tão plenamente como faz aqui.

Quem espera encontrar em "Hoodoo" baladas climáticas como as que Tony Joe compunha nos anos 70, vai perder a viagem.

O mesmo vale para quem cultuava seu vozeirão grave, que, com o passar dos anos, foi ficando cada vez mais áspero e perigoso.

"Hoodoo" é um LP que segue numa mesma toada da primeira á última faixa, e é "swamp-boogie" para ninguém boar defeito.

Tony Joe White vem acompanhado por quatro músicos encarregados de dar ritmo e cor às suas canções, e que seguem à risca a clássica orientação que John Lee Hooker sempre passava para suas bandas: nunca deixar a música deixar de ser pedestre e levantar vôo.

As canções de "Hoodoo" seguem num suingue quase monocórdico, mas extremamente envolvente, e funcionam como veículos para as histórias sobre a vida no Sul que Tony Joe White quer contar -- e conta como ninguém, aos 70 anos de idade.

Ao final das 9 faixas que compoem "Hoodoo", fica a sensação de que o tempo não passou. Ou passou rápido demais. Ou as duas coisas ao mesmo tempo.

E, acreditem: é uma sensação extremamente satisfatória.


WEBSITE PESSOAL

DISCOGRAFIA COMENTADA

AMOSTRAS GRÁTIS

quarta-feira, maio 04, 2011

SENHORAS E SENHORES... PETER CASE


“Eu tinha 3 anos de idade quando minha irmã mais velha enlouqueceu ouvindo os primeiros singles de Elvis Presley – “Jailhouse Rock”, “Heartbreak Hotel” –, e eu estava ali, bem ao lado dela, ouvindo aquilo o dia inteiro... foi meu primeiro contato com o rock and roll”


“Meu conselho para quem quer virar compositor é: exercite a composição até finalmente perceber que você está gostando do que faz. Seja sempre ambicioso, acredite em si mesmo e nunca dê ouvidos a pessoas que tentam te jogar para baixo, pois é o que mais tem por aí.”


“Sempre gostei de rock and roll e de blues, e sempre gostei de música acústica. Vivo alternando discos acústicos com discos elétricos. Adoro quando consigo viajar com a banda, pois posso jogar com as duas coisas num mesmo show. Como ultimamente isso não tem sido possível, então o jeito é cair na estrada estrada sozinho, como os velhos bluesmen sempre fizeram.”


“Adoro gravar ao vivo no estúdio. Depois de 3 discos muito orientados por produtores na Geffen, foi uma delícia poder gravar aqueles discos descontraídos na Vanguard. Redescobri o prazer de gravar em estúdio novamente. Foi genial. De lá para cá, nunca mais parei.”


“Sempre fui fascinado por Mississipi John Hurt. Seu LP “Today” é o disco que mais ouvi ao longo de toda a minha vida. É o modelo que artista que eu gosto de acreditar estar seguindo.”


LPS PETER CASE
Peter Case (1986)
The Man With The Blue Guitar (1987)
Six-Pack Of Love (1992)
Sings Like Hell (1993)
Torn Again (1995)
Full Service, No Waiting (1998)
Flying Saucer Blues (2000)
Thank You, Saint Jude (2001)
Beeline (2002)
Let Us Now Praise Sleepy John Estes (2007)
Wig! (2010)

LPS COM THE NERVES

Jack Lee´s Greatest Hits Vol.1” (1982)

LPS COM THE PLIMSOULS

The Plimsouls (1982)
Everywhere At Once (1983)
One Night In America (1988)
Kool Trash (1998)
Live! Beg Borrow & Steal (2010)

WEBSITES OFICIAIS

http://www.petercase.com/index.php