quinta-feira, maio 03, 2012

MARINA WISNIK DÁ A CARA A BATER EM "NA RUA AGORA" E ESTRÉIA EM GRANDE ESTILO



Zé Miguel Wisnik pode não ser uma unanimidade nacional, mas é quase isso.

Em São Paulo, esse filósofo e professor de Literatura na USP -- que também é poeta, compositor e dublê de cantor -- é tido como uma espécie de “local hero”.

Já no Rio, além de todas as qualificações acima, Zé Miguel também é conhecido por suas belas crônicas publicadas nas edições de sábado de O GLOBO.

Nascido e criado aqui em São Vicente, ele é a idealização do intelectual moderno: com um pé na academia e outro nos palcos, utilizando sua bagagem erudita sempre com uma atitude descontraída, e combinando com galhardia a alta cultura e a cultura pop.


Mas o que quase ninguém sabia é que Zé Miguel tem uma filha muito talentosa formada em Letras pela USP, que se aventurou como atriz no Oficina sob a tutela de Zé Celso Martinez Correa, e que, além do mais, compõe e canta muito bem -- e acaba de lançar seu disco de estréia, aos 31 anos de idade.

Seu nome: Marina Wisnik.



Marina tem música em seu DNA.

Foi batizada a partir da canção célebre de Dorival Caymmi.

Cresceu num lar musical, devorando vorazmente os muitos LPs e CDs do pai.

Como ouvinte, ela já exercitava seu ecletismo, mesclando pop urbano com canções regionais -- e isso, de certa forma, a ajudou a esboçar seu estilo como compositora.

Daí, quando chegou a hora de se afirmar como artista, ela já sabia exatamente por onde seguir.


Este é o álbum de estréia de Marina Wisnik: “Na Rua Agora”.

Traz 11 canções extremamente grudentas -- no bom sentido do termo -- produzidas por Marcelo Yaneci e Yuri Kalil (do grupo Cidadão Instigado).

Com sua voz pequena e seu jeito de cantar meio casual, Marina se preocupa mais em ser um veículo adequado para suas belas canções, deixando tudo o mais por conta dos músicos amigos que participam do disco. 

O resultado disso é sempre muito delicado e expressivo, e pode ser conferido tanto na balada folk urbana que dá título ao LP quanto no proto-reggae "Jardim de Inverno" e na tropicalista "Primeiro Céu", onde lembra os Mutantes sob a batuta de Rogério Duprat.

Sempre vai haver alguém estabelecendo comparações entre seu trabalho e o de Tiê – e quem fizer isso não vai estar errando o alvo, já que ambas tem atitudes musicais cosmopolitas --, mas é o tipo de coisa que não acrescenta coisa alguma ao trabalho de nenhuma das duas.

Na verdade, o que há de mais interessante nessas jovens cantoras e compositoras herdeiras do Lira Paulistana é a maneira como demonstram estar de braços abertos para o mundo, totalmente desprendidas dos conceitos classificatórios de mercado para música urbana e música regional -- que só servem para negar acesso a elas em emissoras de rádio.

Enfim, Marina Wisnik está aí, disposta a entrentar o mercado, e pelo visto chegou para ficar. Mas não se iludam: o fato de ser filha de peixe só torna as coisas mais difíceis para ela nesse meio.

Descubram "Na Rua Agora", de Marina Wisnik.

Com um pouco de sorte, essa menina talentosa vá longe...


INFO:
http://www.poucaseboasdamari.com/2012/04/entrevista-com-a-cantora-marina-wisnik/

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